poeminhas p/matar o tempo e distrair dor de dente.

quarta-feira, dezembro 07, 2005



Postagem em silêncio, mas recitando mentalmente a letra da música de Marcelo Yuca – "Minha Alma"
"O meu corpo, está desarmado, mas palavras soltas e aladas, giram na órbita do meu cérebro, enviadas pelo que acredito ser "minha alma" e a velocidade é tanta, que a antena na ponta de minha língua, não consegue captar e coordenar adequadamente à todas. Mas segue assim mesmo, o primeiro arremesso, aos quintos cantos do mundo virtual. O primeiro, de uma série de outros que virão. Sobre essa gente, que a gente vê na tv e que não vê a gente. A partir de agora, entre um poeminha e outro, virão alguns textos desta série. Façam de conta, que são os comerciais. Aguardem...

_duro ver na tv - I_
Fau$ão
– Esse, é traidor e impostor de si me$mo! Talvez, as novas gerações, nunca viessem à saber, mas F.Silva, saiu de um obscuro horário noturno BANDido para aterrizar derrapando, com toda pompa, pança e saúde, sem nenhuma vergonha nas bochechas da cara, em pleno sol platinado de domingo. É. Saibam meninos, não foi o ventre lodal, que o pariu. O verdadeiro útero, que o gerou, garanto; é isento de qualquer culpa. Ele fugiu, como uma besta fera, descontrolada e louca, e$quecendo qualquer ideologia, que por ventura tivesse esboçado algum dia. "Escapuliu" ao controle materno e $implesmente baixou: bobo, patético e $edu$ido no centro do globo. Hoje não, mas na época, fiquei sem entender o gordo-traidor-$orri$o-amigo-da-onça com suas tiradas "irreverentes-inteligentes", suas vídeo-bordoadas-imbecis-e-gargalhantes, seus elogios masturbatórios-baratos aos "talentosos" e sorridentes-lagrimejantes-bobais. É muita emoção e sentimento desconexo dentro de mim! Sou um mar que não avista o início do fim da maresia nas telas da tv brasileira. No domingão depois do frango e do rango? O povo faminto tem meio minuto, para mostrar o talento que rola no asfalto por uns trocados. Aos lobos agiotas? O incrível direito ao assalto, à mão desarmada, absurdamente legalizado no Brasil. Comandado por banqueiros espertos, que encontram guarida, para seus atos em políticos corruptos e frouxos. A grande maioria tem poder de oratória e DNA cantante de "jefferson", entranhado na carne, para legitimar na maior cara-de-pau, a maior taxa de juros real do planeta que é insensivelmente admitida no Brasil. O capital que entra com a boca mais gulosa e aberta nas terras tupiniquins é o especulativo. Onde chafurdam-se à revelia: financeiras, cartões de crédito e banqueiros que na realidade são os que dão as ordens por aqui. Enquanto esperamos mansos e cativos, a liberdade raiar no horizonte do Brasil o Paloci vem, com aquela calma quase santa e explica o que minha lógica que não é burra, até entende. Foda mesmo, é quando minha lógica, tenta explicar ao meu coração, mendigo de inteligência e carente de explicações, que o façam bater no compasso que me mantenha vivo e feliz. Ele pergunta desesperado à minha lógica: "Como pode o Brasil ter o melhor presidente de Banco Central do mundo e permitir juros exorbitantes?" Disse a meu coração e sentimental, que Henrique Meireles, foi eleito o melhor, diante dos interesses dos que o elegeram. Mas mesmo assim, ele continua batendo descompassado, sem razão a procura de melhores explcações. Fau$ão insensível, chama a moça sorridente, para falar das vantagens de nem sei qual financeira/cartão. Até musiquinha caçula, com gargarejo de uma platéia obediente tem. Para esconder o elástico e fantástico juros, que já vem lá, fumegando aos urros, cheio de glória para o povo que ri feliz, aprisionado no pasto da inocência. glória? sim! mas quem dera fosse à maria, ao pai, ao filho e ao espírito santo; para que nos livrassem: de tanto espanto, de tanta miséria mental no mundo global e brasileiro.
(P l i m, P l i m?)
pum, pum, "pro'cêis!"

Para Marcelo Yuca (não confundir com a rapa que ficou no tacho) humano, ainda vivo, no qual ainda, enxergo dignidade. Ele escreveu um "troço" que vou carregar para o resto de minha vida:

"A minha alma está armada e apontada para a cara do sossego"

"As grades do condomínio são para proteção
mas também trazem a dúvida se é você que está nesta prisão"

"Me abrace, me dê um beijo, faz um filho comigo
mas não me deixe sentar na poltrona num dia de domingo."

Sempre que sinto-me fraco, bebo estes versos, como se fossem pílulas sagradas e mágicas para minha cura.
Palavras como estas, ajudaram acordar em mim, o que hoje penso e sou. Valeu yuca.
Clique aqui para saber mais sobre o Furto, nova banda da qual faz parte o Marcelo.