poeminhas p/matar o tempo e distrair dor de dente.

domingo, novembro 06, 2005


arremessada ao som de mandala sonora:
"quando um pássaro de fogo te traz no sol da meia-noite uma lembrança"
_ aquiles _
m e u s
[pés]
são
raízes invisíveis,
que se movem
entre as pedras
na estrada de cada instante.

vivo,
e n c a n t a d o,
uivo !!!
cacarejo, como galinha que bota um ovo.
é a felicidade,
[de poder hoje]
contemplar e buscar,
a lentidão, de cada fragmento de segundo.

não lanço mais,
no quadro de possibilidades do amanha,
gritos de desespero.
apenas me calo, acaricio meus calos,
enquanto ouço dentro da noite,
cigarras e sapos.
não tenho saudades dos [grilos],
no meu telhado de sapé.

esqueci senhas de acesso
e [aliviado],
deixei cair minha canga no chão.
UFA!!!
não almejo, em mais nada, ser profundo.
nem que me sobrem dinheiros,
em contas bancárias.
busco ventos, de direções contrarias, (ao pacífico)
às do sistema estabelecido.

por isto caminho tranqüilo,
no lago do presente.
com a água rasa acariciando,
benzendo e dando, refrigereo a minha alma.
que se sente lambida,
pela língua do mistério,
na altura dos ossos;
[de meus calcanhares].
para os amigos: marcelo e jaqueline, júlia, dona vani, carla colares, toda a turma da colour dye tintas e minha mais nova amiga filosofa, nilze.