postagem ao som da música traumas com roberto carlos
_o cochilo de minha mãe_
após ter feito o almoço cochila
sentada sobre a cama minha mãe
sua cantiga de ninar é o som das noticias da tv
que ela sempre ouve sonolenta
penso em desligar a caixa luminosa
para que seu sono seja mais tranqüilo
mas ela sempre raia dizendo
não desliga "CO TÔ ASSISTINDO"
vez em quando acorda de sobressalto e fala
- corre vem ver a cobra que engoliu o bezerro
- vem ver o acidente que aconteceu perto do carrefour
- vem ver o governador que mora no palácio da liberdade entre grades
e quer processar o juiz que soltou os presos por não ter vaga nas cadeias
outra vez adormece...
(a turma na cozinha almoça e fala da vida alheia – big brother da vida real)
o que sonhará minha mãe
enquanto a realidade chove
sobre mim filhos netos nós
em que lago pesca quem me pariu
enquanto cato nos pingos da chuva deste dia
a poesia que é o pulsar silencioso de seu coração
olhos fechados o vai-e-vem das abas de suas narinas
indica-me que vive e daqui a pouco transitará por onde respiro
apenas descansa minha santa-menina-guerreira Neuza que na adolecência
carregou e lavou muita trouxa de roupa no ribeirão em esmeraldas
casou com meu pai vicente e para ajuda-lo foi ser servente em grupo escolar
pôs sete filhos no mundo e sobra disposição para ajudar a criar 4 netos
embalada pelo som da tv cochila sentada na cama minha mãe
levo travesseiro faço-a deitar daqui a pouco sei
acordará para ir ao dentista trocar o dente provisório
irá ao meu encontro para pedir o dinheiro da passagem
todos os filhos homens tem carro
mas ninguém tem tempo inclusive eu
para aquela que tem todo para os chazinhos caseiros
para o almoço para o café e pães de queijo quentinhos
lembrei-me da música de uma antiga propaganda no rádio que dizia
se a criança acordou ... dorme, dorme, menina com auriscedina.
_o cochilo de minha mãe_
após ter feito o almoço cochila
sentada sobre a cama minha mãe
sua cantiga de ninar é o som das noticias da tv
que ela sempre ouve sonolenta
penso em desligar a caixa luminosa
para que seu sono seja mais tranqüilo
mas ela sempre raia dizendo
não desliga "CO TÔ ASSISTINDO"
vez em quando acorda de sobressalto e fala
- corre vem ver a cobra que engoliu o bezerro
- vem ver o acidente que aconteceu perto do carrefour
- vem ver o governador que mora no palácio da liberdade entre grades
e quer processar o juiz que soltou os presos por não ter vaga nas cadeias
outra vez adormece...
(a turma na cozinha almoça e fala da vida alheia – big brother da vida real)
o que sonhará minha mãe
enquanto a realidade chove
sobre mim filhos netos nós
em que lago pesca quem me pariu
enquanto cato nos pingos da chuva deste dia
a poesia que é o pulsar silencioso de seu coração
olhos fechados o vai-e-vem das abas de suas narinas
indica-me que vive e daqui a pouco transitará por onde respiro
apenas descansa minha santa-menina-guerreira Neuza que na adolecência
carregou e lavou muita trouxa de roupa no ribeirão em esmeraldas
casou com meu pai vicente e para ajuda-lo foi ser servente em grupo escolar
pôs sete filhos no mundo e sobra disposição para ajudar a criar 4 netos
embalada pelo som da tv cochila sentada na cama minha mãe
levo travesseiro faço-a deitar daqui a pouco sei
acordará para ir ao dentista trocar o dente provisório
irá ao meu encontro para pedir o dinheiro da passagem
todos os filhos homens tem carro
mas ninguém tem tempo inclusive eu
para aquela que tem todo para os chazinhos caseiros
para o almoço para o café e pães de queijo quentinhos
lembrei-me da música de uma antiga propaganda no rádio que dizia
se a criança acordou ... dorme, dorme, menina com auriscedina.
1 Comments:
Dio, acho que a frase
'para o café e pão de queijos quentinhos'
está errada, deve ser
'para o café e pães de queijo quentinhos'.
Confira com o nosso corretor mor Hélder.
Ronilson.
Postar um comentário
<< Home