poeminhas p/matar o tempo e distrair dor de dente.

segunda-feira, setembro 11, 2006

postagem ao som da música "no surprise" com radiohead.
(gravura de paul klee)
_vinha de tão longe o verde que amadureceu_
depois da chuva
na planície duma pedra
uma formiga carregava
solitária no dorso

uma lasca de folha

era um leque
amarelo-suave
com à ferrugem
de distâncias verdes vencidas.
...

_(eco)lógico total_
(desatando o nó da bexiga)
enquanto ainda criança
urino no pé das árvores
é que tenho
secreta esperança
de ver andar as
r a í z e s.

25 Comments:

Anonymous Anônimo said...

fiquei rindo... vou confessar: adoro fazer xixi no mato. Adoro o barulho, adoro o susto da terra sem entender essa chuva econômica... Fiquei rindo disso.. e era um segredo do qual pretendia me envergonhar...

segunda-feira, setembro 11, 2006 3:27:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

fiquei rindo... vou confessar: adoro fazer xixi no mato. Adoro o barulho, adoro o susto da terra sem entender essa chuva econômica... Fiquei rindo disso.. e era um segredo do qual pretendia me envergonhar...

segunda-feira, setembro 11, 2006 3:27:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

ô delícia de poesia, desse mineirinho engenhoso e faceiro, que nos encanta, nos faz sorrir, com suas palavras-alegres-lindas, verdinhas, amarelinhas e ecológicas. beijos e mais beijos.

segunda-feira, setembro 11, 2006 7:42:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

diovvani, meu velho: que me perdoem os ambientalistas, os ecologistas e todos os "istas" do meio-ambiente, incluídos os ecochatos... mas "mijar" ao pé da árvore é que é lição a ser seguida como dever de cada um no cuidado com a natureza (rsss). genial, meu caro, genial... tanto que faço questão de expor-te a minha admiração. cum deus...

segunda-feira, setembro 11, 2006 8:53:00 PM  
Blogger douglas D. said...

gosto da infância que você nos traz. emociona.

segunda-feira, setembro 11, 2006 11:11:00 PM  
Blogger Ariane said...

amigo das montanhas,
ótimo verde refresco
para alma que hoje
está vermelho brasa...
beijos

terça-feira, setembro 12, 2006 8:07:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

ainda, lembramos a infância que vivemos, passada a doces lembranças do que era apenas peraltices, e hoje são eventos dos quais queremos contar para termos a certeza que viver, enquanto tudo é simples, é simplesmente VIVER....

Kátia Silva

terça-feira, setembro 12, 2006 8:43:00 AM  
Blogger Rayanne said...

Gosto de verdes anos
reinando no céu azul
da boca.

Fico sem palavras. É genial.
Mandei e-mail, não recebeu?

**Estrelas**

terça-feira, setembro 12, 2006 12:29:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

"(...)enquanto ainda criança
urino no pé das árvores
é que tenho
secreta esperança
de ver andar as
r a í z e s".

Diovvani, querido, seus poemas sempre trazem esse tom meio panteísta, esse tom de busca por um todo, de uma reintegração à imagem do homem em harmonia com a natureza. Raízes tuas ou raízes das árvores, antigas ou jovens, misturadas, sustentando os frutos e a vida.

Beijos,
saudades,

Jana

terça-feira, setembro 12, 2006 4:21:00 PM  
Blogger Luzzsh said...

E ainda há o leque antes verde, agora amarelo-suave de mudar para outras cores. Assim como nós, não? Beijo.

terça-feira, setembro 12, 2006 7:31:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

, tons de verde. tons de ver. ver de longe ou perto. formigas e crianças. ainda crinça, vai ver raízes andando por ai...
|abraços meus|

quarta-feira, setembro 13, 2006 7:50:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Manuel de Barros...transparecendo por aqui...Tá vendo? Você está tão perto do chão e das coisas da terra quanto ele! Mas "sua formiga", "suas raízes", enfim, sua criatividade tem a grife "Diovvani"!
Gosto dela!
Abraço muito satisfeito!
Dora

quarta-feira, setembro 13, 2006 8:42:00 AM  
Blogger Marla de Queiroz said...

Manoel de Barros mesmo...Essa coisa de "infantilizar formigas", de trazer a infância de dentro pra fora, pra plantar no olhar aquele espanto primordial...Esse verde novo, suas palavras que brotam frescas da terra adubada pelo mijo....rsrsrsrsrsrs...
Beijos muitos, meus. Em vc.
Lindo, lindo tudo aqui.
Amo teus rastros lá.

quarta-feira, setembro 13, 2006 10:51:00 AM  
Blogger Bruna Rasmussen said...

reconfortante. completa o ser de alguma forma. :)

beijos

quinta-feira, setembro 14, 2006 9:20:00 PM  
Blogger mg6es said...

Lógico, Caríssimo! Muito bom! Valeu pela visita lá no meu bloguinho, viu? Te linkei!

abraços litorêneos!

[]´s

sexta-feira, setembro 15, 2006 9:46:00 AM  
Blogger Marcela Bertoletti said...

Adorei, ver andar as raízes, demonstra q
a criativa brota desde pequenino na gente!
Otimos textos!
Bjs

sexta-feira, setembro 15, 2006 11:30:00 AM  
Blogger Unknown said...

é voltando às raízes que se colhe o fruto mais maduro...

poetabraços

obs: apressadinho, hein? Preguiça não me pega rapaz, porque pego no pé da letra! rsrsrs. Tá lá!

sexta-feira, setembro 15, 2006 1:03:00 PM  
Blogger Luana said...

Poeminhas deliciosos de sentir...

Beijinhos...
:)

sexta-feira, setembro 15, 2006 5:39:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Começando (de novo) pelo fim: enquanto criança podemos tudo. Até fazer raízes andarem, né? Adorei isso!!!! rs
O primeiro poema é até dificil de ser comentado. Li duas vezes e fiquei com a impressão de ser esta formiga tentando vencer distâncias que teimam em verde-vencer!!! rs...
Adoro suas metáforas e o jogo de palavras que é sua marca registrada, viu?
Beijãozão

sábado, setembro 16, 2006 12:10:00 PM  
Blogger Nilson Barcelli said...

Essa de ver andar as raízes é notável.
Bele poesia a sua, como sempre.
Um abraço.

sábado, setembro 16, 2006 5:31:00 PM  
Blogger octavio roggiero neto said...

Minerim, é mesmo, você toca a bola aqui e eu mato no peito lá...
Seus poemetos são umas delícias para os meus olhos gulos de imagens inusitadas!
Té mais ler!

domingo, setembro 17, 2006 9:28:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

É muito bom ser criança e ter essa "secreta esperança de ver andar as raízes", o que me lembra esses versos que ouvi quando pequeno:
"Minha mãe quando eu morrer/me interre lá no quintá/debaixo das laranjeiras/onde as meninas vão mi... ver".
Meu abraço.

segunda-feira, setembro 18, 2006 3:38:00 AM  
Blogger Ariane said...

olá amigo!
quer entrar no jogo?
tenho um desafiozinho pra você...

beijos

segunda-feira, setembro 18, 2006 9:49:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Ei, amigopoetadasmontanhasgerais, tudo bem?
Ei, menino, que legal estes dois poemas! Muito legal mesmo! "um leque amarelo-suave com a ferrugem de distâncias verdes vencidas"... Parece que por vezes somos como esta formiga carregando marcas das nossas distâncias verdes vencidas. É melhor assim ser do que carregar o sem-cor do não vivenciado.
Abraço, amigo
P.S.: gosto muito do Paul Klee

segunda-feira, setembro 18, 2006 1:26:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Adorei, adorei, adorei... nada de palavras somente risadas...
Obrigada pela visita!
Você escreve mesmo todo dia? Ai, como queria ter esse poder de colocar tudo em verso.
Beijos!!!

terça-feira, setembro 19, 2006 10:16:00 AM  

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