postagem ao som da música "no surprise" com radiohead.
(gravura de paul klee)
_vinha de tão longe o verde que amadureceu_
depois da chuva
na planície duma pedra
uma formiga carregava
solitária no dorso
uma lasca de folha
era um leque
amarelo-suave
com à ferrugem
de distâncias verdes vencidas.
_vinha de tão longe o verde que amadureceu_
depois da chuva
na planície duma pedra
uma formiga carregava
solitária no dorso
uma lasca de folha
era um leque
amarelo-suave
com à ferrugem
de distâncias verdes vencidas.
...
_(eco)lógico total_
(desatando o nó da bexiga)
enquanto ainda criança
urino no pé das árvores
é que tenho
secreta esperança
de ver andar as
r a í z e s.
25 Comments:
fiquei rindo... vou confessar: adoro fazer xixi no mato. Adoro o barulho, adoro o susto da terra sem entender essa chuva econômica... Fiquei rindo disso.. e era um segredo do qual pretendia me envergonhar...
fiquei rindo... vou confessar: adoro fazer xixi no mato. Adoro o barulho, adoro o susto da terra sem entender essa chuva econômica... Fiquei rindo disso.. e era um segredo do qual pretendia me envergonhar...
ô delícia de poesia, desse mineirinho engenhoso e faceiro, que nos encanta, nos faz sorrir, com suas palavras-alegres-lindas, verdinhas, amarelinhas e ecológicas. beijos e mais beijos.
diovvani, meu velho: que me perdoem os ambientalistas, os ecologistas e todos os "istas" do meio-ambiente, incluídos os ecochatos... mas "mijar" ao pé da árvore é que é lição a ser seguida como dever de cada um no cuidado com a natureza (rsss). genial, meu caro, genial... tanto que faço questão de expor-te a minha admiração. cum deus...
gosto da infância que você nos traz. emociona.
amigo das montanhas,
ótimo verde refresco
para alma que hoje
está vermelho brasa...
beijos
ainda, lembramos a infância que vivemos, passada a doces lembranças do que era apenas peraltices, e hoje são eventos dos quais queremos contar para termos a certeza que viver, enquanto tudo é simples, é simplesmente VIVER....
Kátia Silva
Gosto de verdes anos
reinando no céu azul
da boca.
Fico sem palavras. É genial.
Mandei e-mail, não recebeu?
**Estrelas**
"(...)enquanto ainda criança
urino no pé das árvores
é que tenho
secreta esperança
de ver andar as
r a í z e s".
Diovvani, querido, seus poemas sempre trazem esse tom meio panteísta, esse tom de busca por um todo, de uma reintegração à imagem do homem em harmonia com a natureza. Raízes tuas ou raízes das árvores, antigas ou jovens, misturadas, sustentando os frutos e a vida.
Beijos,
saudades,
Jana
E ainda há o leque antes verde, agora amarelo-suave de mudar para outras cores. Assim como nós, não? Beijo.
, tons de verde. tons de ver. ver de longe ou perto. formigas e crianças. ainda crinça, vai ver raízes andando por ai...
|abraços meus|
Manuel de Barros...transparecendo por aqui...Tá vendo? Você está tão perto do chão e das coisas da terra quanto ele! Mas "sua formiga", "suas raízes", enfim, sua criatividade tem a grife "Diovvani"!
Gosto dela!
Abraço muito satisfeito!
Dora
Manoel de Barros mesmo...Essa coisa de "infantilizar formigas", de trazer a infância de dentro pra fora, pra plantar no olhar aquele espanto primordial...Esse verde novo, suas palavras que brotam frescas da terra adubada pelo mijo....rsrsrsrsrsrs...
Beijos muitos, meus. Em vc.
Lindo, lindo tudo aqui.
Amo teus rastros lá.
reconfortante. completa o ser de alguma forma. :)
beijos
Lógico, Caríssimo! Muito bom! Valeu pela visita lá no meu bloguinho, viu? Te linkei!
abraços litorêneos!
[]´s
Adorei, ver andar as raízes, demonstra q
a criativa brota desde pequenino na gente!
Otimos textos!
Bjs
é voltando às raízes que se colhe o fruto mais maduro...
poetabraços
obs: apressadinho, hein? Preguiça não me pega rapaz, porque pego no pé da letra! rsrsrs. Tá lá!
Poeminhas deliciosos de sentir...
Beijinhos...
:)
Começando (de novo) pelo fim: enquanto criança podemos tudo. Até fazer raízes andarem, né? Adorei isso!!!! rs
O primeiro poema é até dificil de ser comentado. Li duas vezes e fiquei com a impressão de ser esta formiga tentando vencer distâncias que teimam em verde-vencer!!! rs...
Adoro suas metáforas e o jogo de palavras que é sua marca registrada, viu?
Beijãozão
Essa de ver andar as raízes é notável.
Bele poesia a sua, como sempre.
Um abraço.
Minerim, é mesmo, você toca a bola aqui e eu mato no peito lá...
Seus poemetos são umas delícias para os meus olhos gulos de imagens inusitadas!
Té mais ler!
É muito bom ser criança e ter essa "secreta esperança de ver andar as raízes", o que me lembra esses versos que ouvi quando pequeno:
"Minha mãe quando eu morrer/me interre lá no quintá/debaixo das laranjeiras/onde as meninas vão mi... ver".
Meu abraço.
olá amigo!
quer entrar no jogo?
tenho um desafiozinho pra você...
beijos
Ei, amigopoetadasmontanhasgerais, tudo bem?
Ei, menino, que legal estes dois poemas! Muito legal mesmo! "um leque amarelo-suave com a ferrugem de distâncias verdes vencidas"... Parece que por vezes somos como esta formiga carregando marcas das nossas distâncias verdes vencidas. É melhor assim ser do que carregar o sem-cor do não vivenciado.
Abraço, amigo
P.S.: gosto muito do Paul Klee
Adorei, adorei, adorei... nada de palavras somente risadas...
Obrigada pela visita!
Você escreve mesmo todo dia? Ai, como queria ter esse poder de colocar tudo em verso.
Beijos!!!
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