poeminhas p/matar o tempo e distrair dor de dente.

terça-feira, setembro 19, 2006

postagem ao som de várias músicas de cat stevens.
(gravura de campagne miniat)
_mais miudezas_
I
colhi do capim
a navalha
fiz a barba
deixei só o verde
para criação
II
quando meu olhar
peneira-côa
ciscos da poeira
destilo-cloro
solitária lágrima
crocodílica.
III
queria desamarrar
a dor real no fim
da imaginária linha do equador
IV
hoje feito cego cheiro no vento a melhor direção a seguir
...
para tatiana. silenciosa leitora, que mata o tempo, lendo poeminhas por aqui. também para kátia silva, tuane maira e marcos pardim que fez (click aqui para conferir) um belo post, contando, como foi seu primeiro contato com a música de cat stevens. fiquei sabendo que cat stevens, lançará novo trabalho depois de muito tempo afastado da música pop. para mim, é uma grata surpresa.

34 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Amigo Dio,

Creio que apredemos a colher,no vão, o melhor da essencia, se um(não)retirar o pior que possa parecer, mas em cegas palavras, digamos que a direção seguida pelo instindo, afina e aguça o SER. Obrigada pela dedicatória, me sinto lisongeada, com tamanha homeagem, e presente, o melhor que já recebi.

terça-feira, setembro 19, 2006 11:36:00 AM  
Blogger Luzzsh said...

Oi Diovvani,

Também gosto muito de dar umas passeadelas por aqui... Não, isso não é matar o tempo. É viver, aproveitá-lo da melhor maneira. Bjs.

terça-feira, setembro 19, 2006 11:54:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Oi Diovani,

Muito obrigada pela dedicatoria do seu poeminha...
As minhas passadas por aqui não são só apenas para matar o tempo, mas também para me distrair pois quando não estou bem, eu leio um dos seus poeminhas...
Novamente muito obrigada.
Tatiana

terça-feira, setembro 19, 2006 3:33:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

, as miudezas. que outrora cisquei por aqui...temos agora mais. miudezas que garantem grandes sensações ao leitor...
|abraços meus|

quarta-feira, setembro 20, 2006 6:45:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Amigo das montanhas,
o figado com jiló, dispenso, mas pé de amora já tenho plantado,
aqui pras minhas bandas tem tucano não, mas sabiá dá aos montes.
Também não sou santa, vez ,por outra mordo a canela de alguém.
Adorei sua casinha de sapé, senti cheirinho de barro e tudo...
Tocar violino não é fácil mesmo, mas sua melodia toca minha alma, um dia aprendo!
Amor sem posse...admirável,mas ainda estou muito emaranhada nessa nossa cultura egoísta, estou em busca de aprender a amar de verdade...
Ainda cutuco mistério, os meus e os do mundo, simplesmente aceitá-los é de grande sabedoria,mas vez por outra mergulho fundo, porém sempre subo pra tomar um arzinho...
Enfim, adorei conhecé-lo um bocadinho, e perceber nossos "em comuns"

beijos praianos :)

quarta-feira, setembro 20, 2006 7:12:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

eu cheiro o vento. e minha alma antecipa tempestades...

quarta-feira, setembro 20, 2006 8:00:00 AM  
Blogger Marla de Queiroz said...

Sou a namoradinha do vento...Quando ele me pega pela mão eu danço.
Beijos, querido.
Adoro tudo aqui.

quarta-feira, setembro 20, 2006 9:18:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Dio,

Eis que desperta outra leitora que sai no anonimato, hoje ela já se toma assento e curte as letras, amanhã, ela quem sabe, curte o assento e toma as letras.... Obrigada..... Tô com saudades de montão!!!!!!!!Da conversa que não se acaba....
Kátia silva

quarta-feira, setembro 20, 2006 10:43:00 AM  
Blogger mg6es said...

é a navalha na velha dor de existir.


belo mix poético.

[]´s

quarta-feira, setembro 20, 2006 10:46:00 AM  
Blogger Rayanne said...

Cheiro de vento
Seguir o vento,
Singrar o vento
Sangrando o tempo.

**Estrelas**

quarta-feira, setembro 20, 2006 11:28:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

bela gravura, belíssimo poema (com uma primeira estrofe do caralho... ôps, perdão aí) e uma terna dedicatória. valeu, meu velho. fica cum deus.

quarta-feira, setembro 20, 2006 4:36:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

, diovvani já enviei o email.
obrigado!
|abraços meus|

quarta-feira, setembro 20, 2006 8:05:00 PM  
Blogger Lua em Libra said...

Eu também queria tirar os nós da linha do equador e procurar no fim do pote, o espectro do arco-íris.

Convalescendo nas tuas letras, tão leves, tão boas. Adelante!

Cecilia

quinta-feira, setembro 21, 2006 1:54:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Gostei do desamarrar a dor na linha do equador, rs*...

Beijos, querido e valeu a visita ao Fina Flor,

MM

Ps: linkei você por lá ;o)

quinta-feira, setembro 21, 2006 2:50:00 PM  
Blogger Sara Graciano said...

Olá, retribuindo a visita...

Adoro Cat Stevens também...

Gostei daqui, voltarei mais vezes.

Bjs

quinta-feira, setembro 21, 2006 3:27:00 PM  
Blogger Tá. said...

Gostosinho seu blog!!

Beijos.

quinta-feira, setembro 21, 2006 4:17:00 PM  
Blogger Luzzsh said...

Oi Diovvani,
Passei aqui pra dizer que te linkei, viu?!...Bjs.

quinta-feira, setembro 21, 2006 8:01:00 PM  
Blogger Cristiano Contreiras said...

Não poderia ter versos melhores ao som do Stevens! tudo de maravilha.

sexta-feira, setembro 22, 2006 1:15:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

lindíssimo poema. também "queria desamarrar a dor real no fim da imaginária linha do equador". beijos.

sexta-feira, setembro 22, 2006 7:02:00 AM  
Blogger alice said...

querido diovanni,

apesar das inúmeras interrupções que tem havido de minha parte, quero que saiba que sempre passo por aqui e que gosto muito de ler seu blog. sinto por isso que nosso afecto é recíproco, o que muito me lisongia. vou ausentar-me até outubro e não quis deixar de lhe vir dar um grande beijinho.

tudo de bom e até breve,

alice

sexta-feira, setembro 22, 2006 8:01:00 AM  
Blogger mg6es said...

Olá, Diovvani... desculpas, mas achei de mudar a foto depois que postei, e, por um desses erros do blogger, tive excluir tudo e repostar. Dai, perdi 2 comments, incluindo o seu. Nada contra vc, entao, muito pelo contário.

Abração!

sexta-feira, setembro 22, 2006 9:18:00 AM  
Blogger douglas D. said...

Belas miudezas. Belas!

sexta-feira, setembro 22, 2006 12:12:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Bom fim de semana, moço!!! Que a primavera traga novo brilho e bons ventos ;o)

beijos

MM

sexta-feira, setembro 22, 2006 5:18:00 PM  
Blogger Edilson Pantoja said...

Passando e lendo... Boa escolha, esta, entre a barba e o verde. Abraço!

sexta-feira, setembro 22, 2006 8:43:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Diovvani, meu camarada, encontro além desse poeminha maravilhoso, que vai muito além de matar a dor de dente e passar o tempo, duas novidades esse músico, Cat Stevens, que desconhecia e irei procurar algo sobre ele e essa gravura que muito me interessou - gosto muito desse tipo de ilustração! Olha, o poeminha "vinha de tão longe o verde que amadureceu" me chamou muito a atenção!

sábado, setembro 23, 2006 8:25:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ei, amigomeninopoetadasmontanhasgerais, cheirar no vento a melhor direção a seguir... Putz! Isto me parece coisa que alma gosta de fazer! Bom demais!
Abraço e bom domingo!

domingo, setembro 24, 2006 5:41:00 AM  
Blogger octavio roggiero neto said...

Grande Diovvani, se todas as "intromissões" fossem como as suas seria uma maravilha! Não imagina como fico satisfeito em saber que existem poetas assim como você, que vasculham o passado de nossa Literatura e recebem com amor o nosso legado poético. O Paulo Bomfim é hoje o decano da Academia Paulista de Letras e foi também um dia considerado o "príncipe dos poetas". Na verdade, o que fez a nossa querida Rayanne mencionar este escritor lá no primícias poéticas, foi o fato de que o Paulo prefaciou o derradeiro livro de meu pai, o poema anônimo na manhã de ontem, o qual mandei por correio nestes dias pra ela.
Uma curiosidade: existem aqui na Lapa paulistana, pertinho aqui de casa, algumas ruas com os nomes dos livros do Paulo Bomfim, a saber: Tempo Reverso, o próprio Ramos de Rumos e outros. Boa homenagem prestada, não?
E já que as suas "intromissões" renderam-me um poema de muito bom gosto, como retribuição, "data venia", trancreverei aqui pra você um poema de um escritor chamado Ludwig Uhland. Eis o poema:

Primavera

Despertam docemente as brisas.
sopram, serenas, noite e dia,
por toda a parte a sussurrar.
Aroma tenro, nova melodia.
Agora, pobre coração, reanima-te:
Agora tudo, tudo mudará.

Faz-me o mundo mais belo cada dia.
Se o momento presente é tão feliz
o amanhã que surpresas não trará!
Floresce ao longe o vale mais sombrio.
Agora, pobre coração, esquece a mágoa.
Agora tudo, tudo mudará.

É isso aí, Diovvani, que a primavera faça florir poemas perfumados de suas mãos, e que estes poemas exalem amor e esperança ao coração do homens!
Té mais ler!

domingo, setembro 24, 2006 9:43:00 AM  
Blogger Leandro Jardim said...

Rapaz, adorei o tom das cores do seu texto! Tens uma estética muito interessante e agradável!!!

Vou voltar... abração!
Jardineiro

segunda-feira, setembro 25, 2006 7:59:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

no meio do caos mas, feliz e cantarolante...
sou da espécie "Arianemoeba félix" , só fico triste quando me partem ao meio, depois me recupero... ;-)

bjs

segunda-feira, setembro 25, 2006 12:34:00 PM  
Blogger Marcellinha said...

Amei a sua visita, e resolvi retribuir... vou me tornar assídua, posso?
Beijos da beira da praia...

PS.: Pra distrair dor de dente? rs

segunda-feira, setembro 25, 2006 2:32:00 PM  
Blogger Passageira said...

A junção da estética e da poética, alinhavadas com a inventividade e a mineirice só poderia resultar em miudezas que se espalham acima e abaixo da linha do equador!!!
Fui amando um por um, mas o IV me pegou em cheio. É assim que estou: buscando direções e me perdendo em todas!!! Quem sabe cheirando o vento eu me encontro, né? rs
Beijoconas

segunda-feira, setembro 25, 2006 5:27:00 PM  
Blogger Marla de Queiroz said...

Seu bonito.
Vai lá no meu canto só pra aumentar meus sol-risos....
Adoro!

segunda-feira, setembro 25, 2006 7:48:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

olá amigo, só apareci para dizer q. inspiração as veses, ela aparece do nada, n. que sejamos Cobra Norato, ou Cecilia Meireles, mas apenas nos mesmos, as veses me dá vontade de chorar, e reconhecer q. somos simples mortais e que quando a sensibilidade brota dos nossos corações, n. dá para ignorar, ela exala pelos poros, como uma adrenalina incontida, então choro, como a chuva, que corre parece que com o propósito, desconhecido mas apressada, ai sinto pressa de justificar, o porque da vida, principalmente pela vida que tenho, é uma dor no peito, (vc. já viu sentir dor de alegria e de paixão), paixão sim duas, q. são interligadas pelo cordão umbilical da vida, amor é pouco, deve ter alguma outra palavra para justificar, n. sei, mas sertamente saberei um dia. Dio desculpe alugar o seu pedasso, mas como ja disse quando ela vem é pressiso deixar que ela saia e cumpra o seu papel de nos fasermos um ser melhor. A quele abrasso.

sexta-feira, setembro 29, 2006 9:51:00 PM  
Blogger Marla de Queiroz said...

Oi Bonito.
E vc me faz voltar aqui com essa sua poesia que pulsa sob forma de comentário...E aí me deixa mais morena, menos doce, mais vulnerável, mais poderosa, menos volúvel...Sintetizou o meu blog assim, com a destreza de qualquer gênio.
Eu bem queria te dar esse abraço montanhoso pessoalmente.

domingo, outubro 01, 2006 10:00:00 PM  

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