poeminhas p/matar o tempo e distrair dor de dente.

terça-feira, abril 03, 2007

Postagem ao som da música Tempo Rei - Gilberto Gil. [OuçAquiÓ]

TRANSFUSÃO

Quando me dói dentro
fervo a dor no sangue.

E de poros dilatados, dôo
misturada em meu suor

- toda dor:

vermelha-vaporizada,
transmutada em alimento

ao invisível corpo
do tempo.

Que é o melhor
espalhador do pó

de minhas dores
eternidade adentro.

20 Comments:

Blogger . fina flor . said...

A melodia de 'tempo rei' me traz alegria...... gosto muito! principalmente a versão do disco unpluget

beijocas e boa semana, meu nom

MM

terça-feira, abril 03, 2007 2:05:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

"alimento ao invisível corpo do tempo" grande frase, GRANDE ABRAÇO!

terça-feira, abril 03, 2007 3:16:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Alquimista-médico-poeta!

terça-feira, abril 03, 2007 7:01:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Lindo, lindo, Diovvani.
Dizem que o tempo é um santo remédio que cura tudo. Tomara que seja verdade...
Enquanto espero a resposta, me ensina a fazer essa fervura? Ando precisando espalhar um pouco desse pó que me sufoca o dentro.
Beijo,
Isabella

terça-feira, abril 03, 2007 7:34:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

O tempo e sempre ele, para sanar o que parece interminável e incurável, as dores que castigam e se esvaem. É o mesmo tempo que as vezes nos escapa, correndo sempre na frente.

PS:Por ele me escapar fiquei devendo palavras para um já querido amigo das montanhas, peço desculpas. Recebí o cd inteirinho e é lindo. Ainda não sei qual minha preferida. Por enquanto estou criando intimidade com a poesia que transmites e que me agrada muito.
Brigadão Dio, por tudo.

terça-feira, abril 03, 2007 11:22:00 PM  
Blogger Nilson Barcelli said...

Poema fabuloso.
Não tenho mais palavras.
Boa Páscoa, abraço.

quarta-feira, abril 04, 2007 5:46:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

"o melhor espalhador do pó de minhas dores eternidade adentro..." Ei, meuamigodasmontanhas, sua alma é mandala poética em si mesma!
Abraço grande pordimais! Feliz Páscoa!

quarta-feira, abril 04, 2007 12:05:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

ao sair daqui, imediatamente ligarei para o meu plano de saúde. pedirei a eles a generosidade que incluir diovvani mendonça no convênio. transfusão de sangue, só com você. para mim e para os meus. cum deus, velho.

quarta-feira, abril 04, 2007 3:37:00 PM  
Blogger octavio roggiero neto said...

para as veias do tempo corre um sangue dolorido e vermelho-vivo.
relógios-corações bombeiam impiedosos.
chove sobre todos nós uma sangria desatada: A VIDA!

forte abraço, poeta-irmão querido!

sexta-feira, abril 06, 2007 6:36:00 AM  
Blogger Marina said...

Este teu sangue vermelho-intenso-poesia!

Belos versos, Dio.

Beijos e um bom feriado. :)

sexta-feira, abril 06, 2007 8:08:00 AM  
Blogger douglas D. said...

bonito!

sexta-feira, abril 06, 2007 5:36:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

O tempo - espalhador de pó
O vento - espanador de pó
O sangue - corrente vermelha de dor
A dor - Um corpo no Tempo-Rei?
"Ensinai-me o Pai o que eu ainda não sei" - Nobre Dio - Os versos de dor & sangue são transfusivos e belos. Riodaqui. abraço. Paulo Vigu

sexta-feira, abril 06, 2007 5:54:00 PM  
Blogger octavio roggiero neto said...

Tempo

Caem as horas em nós que as impregnamos
do que a mente imagina e a alma arquiteta.
O sonho se transcende, é toda a vida,
toda a vida em si mesma; tão presente,
tão essência de tudo o que mais somos,
que o ato de viver é simples diálogo
entre o instante que chega, puro sopro,
e o que dentro de nós é eternidade.

Emílio Moura

sexta-feira, abril 06, 2007 8:30:00 PM  
Blogger Saramar said...

Só vim lhe desejar feliz páscoa.

beijos
P.S. volto depois para ler.

sábado, abril 07, 2007 8:52:00 AM  
Blogger Escorpiana Explosiva said...

boa páscoa

domingo, abril 08, 2007 7:34:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

vá ver-se sob meu olhar lá... vá
um beijo

domingo, abril 08, 2007 9:41:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

É amigo...
tem gente por aí até dizendo que suas poesias são minhas...
em Portugal talvez entendam que quando vc se inspira em um compositor
ouvindo a sua música para escrever uma poesia talvez a poesia seja da
música...
vagueando pela internet descobri que tem gente lá em Portugal me
atribuindo poesia sua... QUE HONRA!

http://arrozcomtodos.blogs.sapo.pt/87529.html



Vandder Lima
vandder@terra.com.br

segunda-feira, abril 09, 2007 5:49:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Meu amigo,

Eu comentei e o comentário se perdeu no tempo... rs. Não sei, acho que o computador engoliu minhas palavras. Teimosa que sou, comento novamente.

Fiquei algum tempo pensando na beleza da dor (beleza? devo estar doida!!!) que faz palavras tão belas e verdadeiras. Nesse meio tempo (meio tempo que não cura minhas encucações) ouvi algumas músicas e uma ficou martelando em mim junto com seu poema (Tempo Afora interpretado por Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede).

Onde mora a ternura
Onde a chuva me alaga
Onde água mole perfura
A dura pedra da mágoa
Eu tenho o tempo do mundo
Eu tenho o mundo afora...

A canção segue em um poema belíssimo. Assim como o seu poema que corre o sangue em verdade.
:o))

Beijo,

segunda-feira, abril 09, 2007 7:55:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Tudo jogamos para fora, do corpo para o tempo, da pele para a lembrança, seja aquela que se reter, seja aquela que se quer jogar fora. Dor e prazer passam pelo sangue, passeiam pelo corpo, corroem ou revitalizam, mas tudo vira pó, tudo vira recordação, tudo se esgota como fato e se transmuta em narrativa muda ou não para um ouvinte apenas (nós) ou para tantos outros.

Beijos

Jana

segunda-feira, abril 09, 2007 5:38:00 PM  
Blogger Pedro Pan said...

, tem um poema de a Renata Pallottini que chama "O Grito", eu gosto bastante, e ao ler seu poema me recordei dele. "se ao menos esta dor sangrasse" ...
|abraços meus|

terça-feira, abril 10, 2007 10:49:00 AM  

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