postagem ao som da arrebatadora música instrumental "lembranças" de marco antônio araújo.
(esta é a margarida a mais nova integrante da família - foto: cristiano)
aqui no blog sempre faço postagens dedicadas aos amigos e na maioria das vezes o poema não foi feito especialmente para os mesmos. embora todos sejam para mim verdadeira e sinceramente muito especiais pois são pessoas do meu convívio quase diário. hoje presto uma "homenagem" a duas mulheres-poetas que não conheço pessoalmente mas que admiro pela força-mistério que suas letras exercem sobre mim pelo amplo leque de possibilidades que suas palavras abriram em meu horizonte poético. a primeira que conheci foi ALICE através do blog do MARCOS PARDIM que também não conheço cara-a-cara mas que considero amigo assim como o poeta NEL MEIRELLES que em seu último post no fala poética dedicou a mim um de seus poemas e como se não bastasse ainda colocou o poeminha "boa noite amor" em seu outro blog TELESCÓPIO. através do blog da ALICE conheci o blog do NILSON que diz não ser poeta (ele já deve estar de saco cheio com essa história) mas cliquem ai no nome dele e vejam se não pode ser chamado de poeta. aliás acho que "nenhum de nóis é poeta" os outros é que nos chamam de poeta e assumimos ou não a coisa. isto para mim não passa de uma grande bobagem ser-ou-não-ser poeta-escritor-compositor-cantor-etc. tudo são rótulos e convenções para as prateleiras do "consumo". acho mais fácil nos aceitarmos apenas humanos sem os penduricalhos que às vezes querem colar em nós. a outra musa que ins-pirou o poema acima é JANAINA que conheci através do blog da MARILENA que diga-se de passagem é outra poeta digna de "homenagem" no caso de dúvidas confiram lá. estão percebendo que gosto de seguir o rastro que vocês deixam na casa de cada um não é? acho que todos os citados aqui já conhecem a casa um do outro os que ainda não se conhecem é uma boa oportunidade. o que posso garantir é que ninguém se decepcionará fazendo uma visita. paro por aqui caso contrário vocês podem equivocadamente pensar que sou político em campanha. será que algum dia conseguirei a síntese poética de nel meirelles além de colocar: ,;.! nos lugares certos? abraço para todos.
.
vulcânicas-medonhas-descomunais-medusas
vivas-larvas-verves-lavas-quentes
parecem possuir o moto-perpétuo da poética
entre pernas-membros-lábios-beijos-cogumelos-atômicos
minhas "mudernas" musas são
des-con-cer-tan-tes
"in"
sí-la-ba por sí-la-ba
embora à léguas de distância
sinto o vento
do respirar de suas narinas
p u l s a m - j o r r a m - e s p a r r a m a m
substância-verbo ao meu redor
por isso roem e enraízam-se
nas paredes dentro
como "eras" querendo galgar
as alturas indomáveis d´alma-mistério
.
plebéias-princesas nuas despudoradas
numa selva virtual sem tarzan
aluadas e grávidas de ômega-alfa
seguem minguando palavras do útero
e não da lua
na ponta de suas línguas
há céus e gozos de não estrelas
mas de criaturas cerebrais-vivas-indecifráveis
com pincéis-facas em brasas
fazem tatuagem-enígma
pouco-quase-nada-importando
se dói ou sangra
a paisagem
no corpo de cada manhã-surpresa-miragem
se grita ai
os pés ou olhos esbugalhados
dos desavisados
que por ousadia ou acidente trafeguem por suas casas
atritam faíscas de sonho
na cara da realidade ou vice-versa
e de tanto masturbarem dedos-unhas bits e bytes
em teclas-caracteres-tetas
o alfabeto salta
tonto e desorientado mas feliz-bobo-alegre
dando sentido multifacetado-vário
a seus longos pergaminhos "internéticos"
gozando de pau na mão
no papel-tela-lousa-virtual
.
reinventam o próprio país das maravilhas
"na selva" cibernética
alice não mora mais lá
mas cigana sua casa é todo lugar
regem-gritando-em-silêncio do porto
ou submersas no fundo do mar
ou ainda suspensas em longitudinais alturas
concerto percursivo
sem partiruras-regras
queimam sem assoprar seus feridos
bambeiam pernas
seguem sem medo
encarcerando e arrancando asas de anjos
libertando e tornando alados os caídos
afrouxam neurônios
e colidem-os
sem piedade
com diretos cruzados
na boca do estomago dos dicionários
que involuntariamente vomitam
inusitadas palavras cruzadas
sem cola de cabeça para baixo no rodapé
juntam-entortam-amassam-esfregam-desamassam-recuperam-fazem-silêncio-batem-latas-e-enfim
mulheres "parideiras" explodem
filhos de outra natureza
poemas-flamejantes
que crescem
a cada releitura diante
de meu entendimento
fraco-cacarejante e abestalhado
.
vulcânicas-medonhas-descomunais-medusas
vivas-larvas-verves-lavas-quentes
parecem possuir o moto-perpétuo da poética
entre pernas-membros-lábios-beijos-cogumelos-atômicos
minhas "mudernas" musas são
des-con-cer-tan-tes
"in"
sí-la-ba por sí-la-ba
embora à léguas de distância
sinto o vento
do respirar de suas narinas
p u l s a m - j o r r a m - e s p a r r a m a m
substância-verbo ao meu redor
por isso roem e enraízam-se
nas paredes dentro
como "eras" querendo galgar
as alturas indomáveis d´alma-mistério
.
plebéias-princesas nuas despudoradas
numa selva virtual sem tarzan
aluadas e grávidas de ômega-alfa
seguem minguando palavras do útero
e não da lua
na ponta de suas línguas
há céus e gozos de não estrelas
mas de criaturas cerebrais-vivas-indecifráveis
com pincéis-facas em brasas
fazem tatuagem-enígma
pouco-quase-nada-importando
se dói ou sangra
a paisagem
no corpo de cada manhã-surpresa-miragem
se grita ai
os pés ou olhos esbugalhados
dos desavisados
que por ousadia ou acidente trafeguem por suas casas
atritam faíscas de sonho
na cara da realidade ou vice-versa
e de tanto masturbarem dedos-unhas bits e bytes
em teclas-caracteres-tetas
o alfabeto salta
tonto e desorientado mas feliz-bobo-alegre
dando sentido multifacetado-vário
a seus longos pergaminhos "internéticos"
gozando de pau na mão
no papel-tela-lousa-virtual
.
reinventam o próprio país das maravilhas
"na selva" cibernética
alice não mora mais lá
mas cigana sua casa é todo lugar
regem-gritando-em-silêncio do porto
ou submersas no fundo do mar
ou ainda suspensas em longitudinais alturas
concerto percursivo
sem partiruras-regras
queimam sem assoprar seus feridos
bambeiam pernas
seguem sem medo
encarcerando e arrancando asas de anjos
libertando e tornando alados os caídos
afrouxam neurônios
e colidem-os
sem piedade
com diretos cruzados
na boca do estomago dos dicionários
que involuntariamente vomitam
inusitadas palavras cruzadas
sem cola de cabeça para baixo no rodapé
juntam-entortam-amassam-esfregam-desamassam-recuperam-fazem-silêncio-batem-latas-e-enfim
mulheres "parideiras" explodem
filhos de outra natureza
poemas-flamejantes
que crescem
a cada releitura diante
de meu entendimento
fraco-cacarejante e abestalhado
.
aqui no blog sempre faço postagens dedicadas aos amigos e na maioria das vezes o poema não foi feito especialmente para os mesmos. embora todos sejam para mim verdadeira e sinceramente muito especiais pois são pessoas do meu convívio quase diário. hoje presto uma "homenagem" a duas mulheres-poetas que não conheço pessoalmente mas que admiro pela força-mistério que suas letras exercem sobre mim pelo amplo leque de possibilidades que suas palavras abriram em meu horizonte poético. a primeira que conheci foi ALICE através do blog do MARCOS PARDIM que também não conheço cara-a-cara mas que considero amigo assim como o poeta NEL MEIRELLES que em seu último post no fala poética dedicou a mim um de seus poemas e como se não bastasse ainda colocou o poeminha "boa noite amor" em seu outro blog TELESCÓPIO. através do blog da ALICE conheci o blog do NILSON que diz não ser poeta (ele já deve estar de saco cheio com essa história) mas cliquem ai no nome dele e vejam se não pode ser chamado de poeta. aliás acho que "nenhum de nóis é poeta" os outros é que nos chamam de poeta e assumimos ou não a coisa. isto para mim não passa de uma grande bobagem ser-ou-não-ser poeta-escritor-compositor-cantor-etc. tudo são rótulos e convenções para as prateleiras do "consumo". acho mais fácil nos aceitarmos apenas humanos sem os penduricalhos que às vezes querem colar em nós. a outra musa que ins-pirou o poema acima é JANAINA que conheci através do blog da MARILENA que diga-se de passagem é outra poeta digna de "homenagem" no caso de dúvidas confiram lá. estão percebendo que gosto de seguir o rastro que vocês deixam na casa de cada um não é? acho que todos os citados aqui já conhecem a casa um do outro os que ainda não se conhecem é uma boa oportunidade. o que posso garantir é que ninguém se decepcionará fazendo uma visita. paro por aqui caso contrário vocês podem equivocadamente pensar que sou político em campanha. será que algum dia conseguirei a síntese poética de nel meirelles além de colocar: ,;.! nos lugares certos? abraço para todos.
11 Comments:
diovvani, meu caro: gostei de tudo. gostei do poema, das musas inspiradoras, das referências, da "pose" de violeiro(rsss)... ah, e da margarida também. cum deus, velho.
querido diovvani,
estou sem palavras... o que escreveu e a forma como o fez só me abre a boca de espanto e gratidão... e nenhuma gratidão é suficiente das minhas mãos pequenas para as suas tão generosas e cálidas...
resta-me agradecer-lhe comovida e desejar-lhe um bom fim de semana
um grande beijinho para si, bem haja sinceramente
alice
Algo em mim não cansa, mesmo quando chego de viagem e as pernas-braços-costas tremem, esperando a cama lamber minha pele como os gatos fazem com suas crias. Acho que são os olhos e os dedos. Eu cheguei, despejei minha mala e a poeira-cinza-pó das minhas sandálias no chão e sentei na minha velha cadeira torta, que um dia ainda vai se entranhar-estranhando na minha pele.
Sentei e vi suas linhas-convite-carícia apontando surpresas. Cliquei no seu nome-link-verde-caminho e cheguei no seu espaço tímida, porém ousadamente já me apropriando de um de seus cantos para esticar minhas pernas.
Já te disse uma vez que devoro as linhas como quem devora nacos de carne, com todos os dentes à mostra e sangue da mal passada escorrendo? Devoro-te... Devoro seus dedos, lábios, ombros, peito. Devoro linhas, rabiscos, rascunhos e aquilo que de melhor encontrar em você, eu conservo e recrio...Linhas saborosas. Minhas unhas estão cheias de você, mas cheias no sentido de completude e silêncio pós-pós-devoramento.
Devorei suas linhas. Bebi de sua tinta. Pintei meu corpo com suas palavras. E como agradeço, e como agradeço...
Linda surpresa... Braços abertos cheios de abraços certos...
Obrigada, querido... Sorriso sincero e olhos brilhantes para você.
Beijos
Janaína Calaça
P.S: Claro que pode levar minhas poesias para o sarau do qual você fará parte. Agradeço mais uma vez pelo apoio e pela homenagem guardada-degustada-devorada. Beijos, querido.
Jana
Algo em mim não cansa, mesmo quando chego de viagem e as pernas-braços-costas tremem, esperando a cama lamber minha pele como os gatos fazem com suas crias. Acho que são os olhos e os dedos. Eu cheguei, despejei minha mala e a poeira-cinza-pó das minhas sandálias no chão e sentei na minha velha cadeira torta, que um dia ainda vai se entranhar-estranhando na minha pele.
Sentei e vi suas linhas-convite-carícia apontando surpresas. Cliquei no seu nome-link-verde-caminho e cheguei no seu espaço tímida, porém ousadamente já me apropriando de um de seus cantos para esticar minhas pernas.
Já te disse uma vez que devoro as linhas como quem devora nacos de carne, com todos os dentes à mostra e sangue da mal passada escorrendo? Devoro-te... Devoro seus dedos, lábios, ombros, peito. Devoro linhas, rabiscos, rascunhos e aquilo que de melhor encontrar em você, eu conservo e recrio...Linhas saborosas. Minhas unhas estão cheias de você, mas cheias no sentido de completude e silêncio pós-pós-devoramento.
Devorei suas linhas. Bebi de sua tinta. Pintei meu corpo com suas palavras. E como agradeço, e como agradeço...
Linda surpresa... Braços abertos cheios de abraços certos...
Obrigada, querido... Sorriso sincero e olhos brilhantes para você.
Beijos
Janaína Calaça
P.S: Claro que pode levar minhas poesias para o sarau do qual você fará parte. Agradeço mais uma vez pelo apoio e pela homenagem guardada-degustada-devorada. Beijos, querido.
Jana
Algo em mim não cansa, mesmo quando chego de viagem e as pernas-braços-costas tremem, esperando a cama lamber minha pele como os gatos fazem com suas crias. Acho que são os olhos e os dedos. Eu cheguei, despejei minha mala e a poeira-cinza-pó
Todas as manhãs, como mais um ritual criado e repetido, não daqueles rituais que se sujam com a palidez das rotinas, mas repetição diferente, cheia de subtrações e adições, eu saio-permaneço pelas páginas virtuais, buscando palavras como alimento, como café da manhã, pão quente, café morno sem muito açúcar.
Eu chego aqui, puxo uma cadeira, levanto os olhos e peço, mãos estendidas, um pouco de palavra-comida para alimentar minha fome, pra fazer minhas pernas ficarem fortes, para aguentar o toque não tão macio dos dias-tempo nas costas de mulher-menina-sabe-se-lá. Eu venho aqui todos os dias, enfeitar meus olhos de lirismo, buscar alguma coisa que não acho na palidez do azul, que mora sobre a minha cabeça, ou nas pessoas no geral tão apressadas em viver, sendo que o ponto é sempre único e voraz.
Eu saio daqui satisfeita com o banquete de palavras e peço, sem rodeios, permissão para sempre voltar aqui, sempre me alimentar de sua combinação de letras, sempre matar minha fome de algo realmente pulsante nos meus dias assim-assim.
Beijos muitos e abraço forte
Jana
Todas as manhãs, como mais um ritual criado e repetido, não daqueles rituais que se sujam com a palidez das rotinas, mas repetição diferente, cheia de subtrações e adições, eu saio-permaneço pelas páginas virtuais, buscando palavras como alimento, como café da manhã, pão quente, café morno sem muito açúcar.
Eu chego aqui, puxo uma cadeira, levanto os olhos e peço, mãos estendidas, um pouco de palavra-comida para alimentar minha fome, pra fazer minhas pernas ficarem fortes, para aguentar o toque não tão macio dos dias-tempo nas costas de mulher-menina-sabe-se-lá. Eu venho aqui todos os dias, enfeitar meus olhos de lirismo, buscar alguma coisa que não acho na palidez do azul, que mora sobre a minha cabeça, ou nas pessoas no geral tão apressadas em viver, sendo que o ponto é sempre único e voraz.
Eu saio daqui satisfeita com o banquete de palavras e peço, sem rodeios, permissão para sempre voltar aqui, sempre me alimentar de sua combinação de letras, sempre matar minha fome de algo realmente pulsante nos meus dias assim-assim.
Beijos muitos e abraço forte
Jana
querido diovvani,
vim beijá-lo pelo seu comentário de hoje e agradecer-lhe pela referência à sua amiga, cuja parte de talento fiquei conhecendo pelo comentário anterior... irei visitar o blog dela seguramente...
um grande beijinho para si
bem haja,
alice
divoanni, querido, cheguei aqui meio atrasada, mas ainda com tempo para o agradecimento sincero à sua referência às minhas palavras. adorei o seu post e as outras referências que fez. concordei com você na homenagem às duas poetas maravilhosas - alice e janaina - como também aos nossos amigos Marcos e Nilson. enfim, gostei de tudo e da sua carinha, tocando violão, também. beijos.
divoanni, querido, cheguei aqui meio atrasada, mas ainda com tempo para o agradecimento sincero à sua referência às minhas palavras. adorei o seu post e as outras referências que fez. concordei com você na homenagem às duas poetas maravilhosas - alice e janaina - como também aos nossos amigos Marcos e Nilson. enfim, gostei de tudo e da sua carinha, tocando violão, também. beijos.
Visitei a casa de Alice e me senti toda-pele-descansada, deitando meu corpo em suas almofadas para assistir seu espetáculo-palavra acontecer.
Agradeço a indicação das linhas de Alice e agradeço novamente pelo poema guardado-lido-relido-revisitado, pelas visitas ao Noturnando, pela atenção dedicada, pelo convite inesperado para se construir, mesmo distante, mesmo pés andando em outras terras, uma amizade, um ponto de equílibrio, braços abertos, respeito mútuo sincero.
Agradeço também a Marcos Pardim, a Marilena, por também fazerem parte do meu dia-a-dia, sempre escrevendo linhas tão necessárias, quanto o ato distraído de se comer, respirar e beber.
Passei por aqui para deixar um abraço forte.
Beijos
Jana
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