postagem ao som da música "fé cega faca amolada" com milton nascimento e beto guedes
_"poeria" - juro não sabia que ia dar nisso_
foi sua língua crente em riste
serpente com repente bote
que convenceu-me
com sua oratória mel-fel
que debaixo do céu
na toca de sua boca
rastejam além
.
de sorrisos-dentes-amém
mundos paralelos
querubins no inferno
sisífos no paraíso
luas dantescas paradas
nas muitas estações do desejo
só esperando o apito do trem
.
foi ela
sua pecadora-palavra-beijoqueira
essa que tens entre seus
fartos-beiços-mestiços
que descortinaram-me
impossíveis estrelas salivadas
"big-bang´s" sendo tramados-criados em profusão
.
é sim...
foi ela danada
que fez tinir
‘~zi.z*zi^ii*iii~zz~oi~’
o ‘martelo na bigorna~
de meu ouvido encerado
de podres convicções
.
coloquei todas
na minha forja cerebral
e agora derretidas servem-me
do mais puro chumbo-veneno
para ameaçar
ou mesmo exterminar
todos aqueles ratos sorridentes soltos no porão-esgoto da tv
.
não tenho certezas mas constato obviedades
como por exemplo
que a relatividade das verdades nas teorias
só dura até o próximo "insight"
que vai dum einstein à um frankenstein
que a poesia abraça-queima e faz renascer "aléns"
da última palavra-pavio que arrisca
foi sua língua crente em riste
serpente com repente bote
que convenceu-me
com sua oratória mel-fel
que debaixo do céu
na toca de sua boca
rastejam além
.
de sorrisos-dentes-amém
mundos paralelos
querubins no inferno
sisífos no paraíso
luas dantescas paradas
nas muitas estações do desejo
só esperando o apito do trem
.
foi ela
sua pecadora-palavra-beijoqueira
essa que tens entre seus
fartos-beiços-mestiços
que descortinaram-me
impossíveis estrelas salivadas
"big-bang´s" sendo tramados-criados em profusão
.
é sim...
foi ela danada
que fez tinir
‘~zi.z*zi^ii*iii~zz~oi~’
o ‘martelo na bigorna~
de meu ouvido encerado
de podres convicções
.
coloquei todas
na minha forja cerebral
e agora derretidas servem-me
do mais puro chumbo-veneno
para ameaçar
ou mesmo exterminar
todos aqueles ratos sorridentes soltos no porão-esgoto da tv
.
não tenho certezas mas constato obviedades
como por exemplo
que a relatividade das verdades nas teorias
só dura até o próximo "insight"
que vai dum einstein à um frankenstein
que a poesia abraça-queima e faz renascer "aléns"
da última palavra-pavio que arrisca
10 Comments:
diovvani, meu velho: que poeira-poesia é essa, pó cósmico, poesia-pó zunindo, tinindo e estalando sonoridade, sensibilidade e sensualidade? eita, que quando meu trem apita nesta estação já sei que tenho a me esperar letras de braços abertos. por falar nisto, um forte abraço. cum deus, velho.
querido diovvani,
estou muito grata por seus últimos comentários no meu blog
vim hoje com todo o carinho pedir-lhe um grande favor
não repita que minhas palavras humilharam suas
você é um poeta verdadeiro, desses iluminados que confluem no talneto das palavras e dos sons
sempre tem uma música em seus posts, mas é genial sentir aquela que vem do que você escreve e que nunca antes tinha sido entoada...
fiquei muito feliz por seu comentário elogioso, mas não sou digna desse exagero nem a sua poesia merece essa comparação, eu nada sei ainda de literatura...
desejo a você um óptimo fim de semana
um grande beijinho
alice
"não tenho certezas mas constato obviedades" Me visto de poucas certezas, Diovvani, até porque o inusitado me alimenta. Nesta poesia, foi apenas esta frase que me permiti pensar sobre, porque todo o restante dela, palavra por palavra, preferi degustar.
Esta poesia tem cheiro de lua.
Bom fim de semana!
Diovanni,
pessoa querida,
a poesia é um grão dentre as diversas possibilidades de significar/ressignificar o mundo. Todos os dias, nascem poesias convulsivamente, mas mesmo nesta ebulição constante, nesta convulsão de palavras nascidas, o mundo continua sendo, sem que possamos trazê-lo em sua totalidade para nossa vivência.
A poesia é fragmento de uma realidade já transformada em linguagem. Quando tentamos representar o real, estamos criamos na verdade meta-textos, pois o real já é linguagem, já é poesia. Entre a boca e você, existe a palavra-boca e suas pluri-significações. BOca apenas como boca, boca como articulador dos amores e dos mundos, boca em suas concepções, que migram de uma cultura para outra.
O que escrevemos, meu amigo distante e querido, é meta-poesia... É a partícula de pós, dentro de outras partículas de pó da realidade.
Beijos,
abraço forteeeeeee,
saudades,
Jana
A sua poesia desconcerta-me... É surpreendente a sua forma de escrever, é originalíssima e inconfundível (se me repito, peço desculpa, mas você é mesmo brilhante).
Para além disso você usa imagens muito bem elaboradas. Por exemplo:
"o ‘martelo na bigorna~
de meu ouvido encerado
de podres convicções".
Um abraço caro amigo e uma boa semana.
Passando aqui para conhecer seu blog. E tbm para falar do meu, passe lá e descubra os encantos culturais da minha cidade. Se gostas de cultura de conhecer novos sons, peças teatrais, lugares encantadores , lá é o lugar certo para isso.
Um abraço e boa semana.
Passando aqui para conhecer seu blog. E tbm para falar do meu, passe lá e descubra os encantos culturais da minha cidade. Se gostas de cultura de conhecer novos sons, peças teatrais, lugares encantadores , lá é o lugar certo para isso.
Um abraço e boa semana.
Diovanni, seu cd está em minhas mãos! Acabei de recebê-lo! Fiquei tão feliz pelo cd, pelas linhas, pelo carinho, por tudo enfim! Responderei sua carta ouvindo seu cd!
Obrigada, menino! Obrigada!
Estou feliz hoje!
:D
Beijos,
abraço forteeeeeeeeee,
Jana
olá diovvani,
espero que esteja bem
sinto falta de mais posts seus
oxalá seja para breve
um beijinho enorme,
alice
diovvani, meu velho. já te agradeci pelo telefone. mas vou agradecer por aqui, também, "remedar" a jana, sabe cumé? também tô com o seu cd em mãos. sucesso na batalha, dedos firmes nas cordas (do violão e da vida) e tamo aí, compadre. obrigado mesmo pelo presente, um abraço e fica cum deus...
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