poeminhas p/matar o tempo e distrair dor de dente.

terça-feira, junho 06, 2006

postagem ao som da estonteante música "who´s gonna ride your wild horses" com u2
_domingueira_
.
uma folha de abacate seca
flanava n´água-verde-clara
em mini ondas que o vento-zen
mudo-movia sem saber que "karmavia"...
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uma borboletazul++ de dar inveja
em céu de brigadeiro pousou-encarnou na folha
ficou lá... asasazulejando iaricas~ondinhas
tudo-"chomovia" sem saber que comovia...
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surfam ainda "búdicas"-solares... folha-e-borboleta siamesas
no arco-halo-íris-órbital ... da cabeça de um homem
o mesmo que no domingo... entregou-se ao ócio
abraçado à preguiça ... sentado numa pedra...
.
este homem têm com chapéu sua normal-sanidade-capengante
e consciente sem chapéu caminha... sempre às margens do hospício
e pra´ele estar de um lado...-...ou do outro do muro
só depende de quem... medirá... a ...gravidade de cada mundo
.
para o amigo robson, com quem estive no sábado último, consertando o cinto de segurança da margarida (minha rural). falando nisso, diria que margarida está quase nos "trincks". não fosse um "pit", que ela deu quando o irmão do robson (everson sapão), tentou engatar uma ré, para retirá-la da rampa, na garagem onde seu motor estava sendo lavado. margarida empacou como burro velho! não teve manha, que a fizesse aluir do lugar. deve ser para confirmar, que ela é mesmo: possessiva e não gosta que outros toquem nela. não adiantou nada, eu ir lá, conversar com ela e tentar "desengripar" o cambio de marchas. acho que ficou com raiva e só saiu rebocada pela camionete do ronaldo-bicudo (dizem que é bom de bola – quero ver – fominha e barrigudo já tenho certeza) a quem agradeço e dedico também esta postagem. por lá, aconteceu churrasco dos bons, para comemorar o aniversário do sô bené. enquanto dona maria raimunda na cozinha preparava canjica e outras delícias mineiras, (respectivamente pai e mãe do robson) nós, contadores de " verdades" no quintal, entre um gole e outro proseavamos. as músicas no ambiente eram aquelas... das paradas de sucesso... da década de 70: wanderlei cardoso, martinha, waldik soriano, altemar dutra, sidnei magal, roberto e erasmo, eduardo araújo, lílian, evaldo braga, etc. turma da pesada, festa de arromba; mora!? sô bené, trabalhou na rádio atalaia, como motorista em 1971, quando esta ainda não tinha sido vendida. por isso, o repertório estava afinado, com o da referida rádio que fez história aqui nas minas gerais. mourão filho, paranaense, era o dono da rádio para quem sô bené trabalhava. Mas o motorista ruim de roda (palavras dele) guarda especial lembrança de dona mariazinha, esposa de mourão filho. contou-me, que certa vez, próximo ao dia das mães, ela o aconselhou ternamente a dar um presente para sua esposa (maria raimunda) que na época, estava grávida do robson, hoje com 33 anos. eh, existem pessoas, que não passam... parece-me que dona mariazinha é uma dessas, pois até hoje, é presença boa na memória de sô bené. segunda-feira última, falei com robson ao telefone que me disse que logo que fui embora, é que a coisa esquentou pra valer, com a chegada de dois violeiros afinadíssimos: cris e matillis. qualquer dia terei o prazer de ouvi-los podem aguardar. sem mais delongas, esta postagem, é também dedicada ao paulo-mentira, que ensinou-me uns macetes para "desengripar" a caixa de marchas da margarida (deve ser sensível ao frio). é bom precaver-me, pois nunca sei, quando ela vai cismar de empacar novamente.
em tempo, recebi carta de minha musa-amiga janaina calaça. resumindo aqui, disse-me ela, sobre minhas dúvidas-inseguranças das regras literárias: não podar a criatividade por causa das regras e que é "pr´eu" descer a lenha e não assoprar. assoprar sim, mas só se for, para alastrar ainda mais o fogo. "intão tá i". abraço para todos.

9 Comments:

Anonymous Anônimo said...

diovvani, marco antonio araújo andou tocando na minha vitrola e botei também teu cd pra tocar inteirinho. parabéns. te reconheci lá, nas letras e nos arranjos. rapaz, deixa eu te dizer que "entregar-se ao ócio, abraçado à preguiça .." é tudo quanto este teu amigo daqui anda precisando. uma correria danada, e você ainda me faz ficar por aqui, "intertido" nesse seus "imãticos" versos e nessa prosa deliciosa recheada de amigos e trilha sonora da minha infância. deixa eu ir-me embora, que a porra da pressa tá aqui latindo em meus calcanhares. cum deus, velho.

quarta-feira, junho 07, 2006 10:10:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Diovvani, quando passei mais cedo por aqui, não cosegui comentar, mas já que agora voltou né, não poderia passar aqui sem deixar um abraço.
Eu agradeço pelo carinho e reitero o que disse na carta. Existe uma coisa, menino grande, chamada liberdade poética que nos permite reiventar, subverter, criar... Enfim, eu passo por aqui e te vejo conectar palavras, usar sinais gráficos como o til ( ~ ) para representar uma onda, e eu acho tudo isso tão bacana, tão criativo, tão corajoso... E penso... Isso menino... Solte os braços, relaxe as mãos, faça com que as pessoas que vêm aqui te ver, mesmo que apenas atracés das suas linhas, saiam daqui com a sensação de terem tido contato com uma escrita sincera e não com uma imitação de modelos já consagrados e legitimados. Viciei no Poeminhas, viciei no Mandala (estou ouvindo "Olhos negros" agora)! Sabe por que? Porque você tem a simplicidade e a ousadia que me fazem jogar os joelhos na terra e dizer... É aqui mesmo que quero ficar. Só olhando, só querendo sempre mais e mais. É isso... Quero te ver livre e inventivo!

Beijos,
abraço sempre forte,

Jana/ Janis

quarta-feira, junho 07, 2006 10:52:00 PM  
Blogger alice said...

ontem dei por mim a passar por ti, não vou dizer aonde, estavas de costas, viravas a cabeça, vias-me pelo canto do olho e algo nas cores da roupa te cambiava o tom do olhar, sorrias a meio da boca, torcias os lábios, nada dizias, eu parada na montra a decifrar as mensagens dos carros a passar no vidro, tão depressa, tão inútil, tão arrepiada na curva das pernas onde o teu olho bicudo furava, tão depressa, tão profundo, só a paragem do metro testemunha, e os sacos das compras encostados, asas de plástico no meio de nós, não te lembras?

beijos,

alice

sexta-feira, junho 09, 2006 4:24:00 AM  
Blogger Nilson Barcelli said...

Você brinca com as palavras como ninguém.
A sua liberdade linguística, sempre muito pertinente, para além da originalidade à qual já anteriormente me referi, permite-lhe traduzir muito melhor o que lhe vai na alma.
Neste poema, por exemplo, o código vigente da palavra é usado apenas naquilo que é quase inultrapassável. O resto é muito o seu próprio código, que, resumodamente, não é código nenhum, é liberdade poética.
Poderia caracterizá-lo, por isso, como o "poeta anarca", mas a ideia é muito redutora, embora use uma certa anarquia nas palavras, que não nas imagens, já que estas saem sempre favorecidas pela utilização de vocábulos mais próximos do seu sentir.

Tenho aprendido a rasgar preconceitos linguísticos consigo. Ainda não usei essa aprendizagem, mas qualquer dia aventuro-me nessa aparente anarquia. Vamos lá ver se consigo...

Abraço caro amigo.

sexta-feira, junho 09, 2006 6:08:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

meu amiguirmão:

acho que todo mundo já falou com muita propriedade sobre tua obra. não tenho nada a acrescentar do que agradecer a tua amizade, a nossa fraternidade mesmo. e deixar aqui o poema que escrevi pra vc:

geração

um poetamineiro
me ensinou
que pedras
nascem nos ninhos
e aquecem seus
ovos sob árvores de poemas

mineiros sabem tudo
de pedras, árvores
e poesia

um forte abraço do teu irmão pernambucarioca

Nel Meirelles

sexta-feira, junho 09, 2006 8:04:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

sua palavras livres e brincalhonas fazem bem demais pr'alma da gente, amigo querido. beijo e boa semana. (e.t.: o marcos vai me dar cópia do seu cd nesta semana)

domingo, junho 11, 2006 2:18:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Estou passando por aqui para deixar um abraço apertado.

Beijos, querido

Jana

segunda-feira, junho 12, 2006 12:06:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Doidinho, vc leu o texto da Carol pensando que era o meu! huahuahuahauauhauh
Mas é distraído o meu amigo Diovvani!
:)
O meu texto no Brutti é o "Cirandas de Silêncio", menino! :)
:************************
Saudades!
Espero sua carta!


Beijos
Janis

segunda-feira, junho 12, 2006 1:09:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ô, amigodasminasgerais, já disse que gosto deste seu escrever, né? Tem cheiro de terra e gosto por demais disto. Xô lhe falar que li seu poema e me ocorreu "Banquete de Signos" como trilha sonora. Amo esta música.
Bjabraço n'ocê

segunda-feira, junho 12, 2006 9:15:00 PM  

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