poeminhas p/matar o tempo e distrair dor de dente.

terça-feira, junho 26, 2007

Postagem ao som das músicas NÃO É COM CERTEZA O MEU PAÍS e ADMIRÁVEL GADO NOVO – Zé Ramalho – 1- [OuçAquiÓ] 2 – [OuçAquiÓ]

POEMINHA
À MAIORIA DOS POLÍTICOS E TODOS OS BANQUEIROS DO BRASIL
(Os que quase sempre fazem, mais que o possível, para f* o povo)

No Brasil, as modernas senzalas são bancos!
Onde o chicote dos juros, estala em pretos e brancos!
Um tapinha nas costas, um cafezinho e outro.
E somos especiais pra eles, que seguem nos estuprando.

Tudo incrivelmente dentro das leis,
de políticos corruptos, frouxos e homúnculos.
Que a cada dia, aprimoram espertezas e se empenham mais,
para se blindar entre seus iguais.

Tudo ao mesmo tempo:

é Roriz, fazendo gol contra e horrorizando com novilha.
Clamando, antes da renuncia por Deus e N.Sra.Aparecida.
Macunaíma chorão, bezerro desmamado, das tetas de Brasília.
Querendo absurdamente vestir a roupa apertada da inocência

É Renan, também encalhado em outros berros!
Haja Prozac! Para transparecer, serenidade na tv.
Tivesse ele, vergonha na cara e rastro de dignidade,
largaria; humildemente o osso do poder.

Rogo, para que nenhum bezerro do Renan,
não pule à cerca, para cruzar com a novilha de ouro do Roriz.
Imagino, que não nasceria dessa transa coisa sã!
De tal cruzamento, no mínimo, viria: a besta do apocalipse.

É líder-religioso-deputado, suspeito;
de contratar pistoleiro para matar
pastor-comparsa, que ajudou eleger e outros
escândalos e outros, que ainda não vieram à tona.

E o povo continua na vidinha de gado,
amordaçado e preso ao curral!
Enquanto eles, a torto e no direito, compram e vendem gado
na tentativa, de justificar suas falcatruas.

É contradição em cima de contradição.
É réplica em cima de tréplica e outros malabarismos.
São safadezas e mais safadezas... E muitas rezas,
do povo rês-perdida, nos grandes templos e catedrais.
(São gritos de todos os tipos de ais, por um milagrezinho)

Acho que descobri o motivo da loucura de Van Gogh.
Ele, que foi um sem dinheiro na vida
deve ter previsto ou sonhado que, um dia teria seu nome
estampado num cheque especial (e pirou de vez)

para ajudar bb´s*, filhos dumas que roncam e fuçam
na exploração dos filhos desta terra de leis vesgas.
São tão desumanos, que usam papeis ecologicamente corretos,
para se passar como bonzinhos e nos meterem os ferros, sem culpas.

Confesso: Já fui otário em cair nessas armadilhas.
Mas hoje, não devo nenhum puto pra esses putos.
(muito pelo contrário)
E que a maioria dos políticos, banqueiros e religiosos
torçam, (Salafrários!) para que não exista inferno.

Se existir, eu suponho, que línguas de fogo
maiores e mais poderosas do que a minha
estarão lá, para equilibrar esta partida que jogamos na bola Terra.
Na qual, eles compraram todos os juízes e roubaram à vontade.

Não leitores, não creiam que isso, seja vingança
de minha parte. Que desejo a outrem o mal.
É que apenas acredito, numa justiça
que tenda a um ponto de equilíbrio natural.

Que eles torçam mesmo, para não existir o inferno!
De minha parte torcerei, para que exista um Deus,
com um infalível exercito de anjos, com olhos de mira a laser
para marcar esses homúnculos com o sinal, da luz-negra para o acerto final.
...
*Banqueiros-barrigudos – paridores da maior parte das fomes e das misérias deste imenso Brasil e quiçá no planeta. Já pensaram, se banqueiros não tivessem tanta fome de lucros exorbitantes, quantos empregos seriam gerados? Isso, para ficar apenas num exemplo de benefícios, (fora os por osmose) para quem sua o rosto, em troca de um dinheirinho.
Banqueiros, para mim, antes de usarem papeis recicláveis e posarem de "ecologicamente corretos", deveriam primeiramente pensar é numa ecologia-econômica, para seres, de fato; humanos. E não de escravos, disfarçados de homens livres, dependentes desse sistema que, sem piedade e armado de uma lógica fria, movimenta o motor de uma verdadeira fábrica de depressivos-financeiros. Há casos de pessoas que, chegam ao extremo do desespero e atentam contra à própria vida. E infelizmente, muitas vezes, chegam ao suicídio.
...
Os cidadãos que não querem calar-se, podem ligar para o senado federal e deixar um recado para os nossos digníssimos senadores.
0800-612211

36 Comments:

Blogger Claudinha ੴ said...

O mesmo banco que f a vida de meu pai, gerente por toda a vida e que se deu mal pra caramba na aposentadoria. Não aguentou, infartou. Hoje, está bem, os netos o salvaram... Tem que falar mesmo, e você fala com categoria!

terça-feira, junho 26, 2007 1:10:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Diovvani,


Teu texto de hoje deveria ser impresso aos milhares, e distribuído em praça pública!


A indignação, agora, é um DEVER!


Abraços, flores, estrelas... mesmo assim!

terça-feira, junho 26, 2007 5:03:00 PM  
Blogger Clóvis Struchel said...

E o Renan com aquela fisionomia de MisterPeace comendo geral e vendendo gado fraco por touro bravo.E o irmão do Lula bancando a do coronel?Ê povinho, viu...

Vamos aguentar as próximas cenas desta trama louca a qual somos oubrigados a assistir.

Que se faça justiça!
Nós merecemos, oras.



Meu abraço.

terça-feira, junho 26, 2007 6:52:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Belo esse teu desabafo, que denuncia emocionado a indignação de todos nós. Assino embaixo e me pergunto: como essa corja consegue deitar, dormir, acordar e prosseguir tranqüilamente?
E por que nós, tão vítimas acuadas disso tudo, nos permitimos calar a revolta e o verbo e apenas assistir enfraquecidos "as cenas desta trama louca" (como bem descreveu Clóvis)?
Pois que gritem muitas vozes como a tua e que o coro se torne cada vez mais alto. Porque, se existe inferno, eu não sei Dio, mas que Deus (que esse há!) e seu exército de anjos estão ouvindo e registrando atentos, com certeza estão...Deles, ninguém escapa.
Beijo grande pra ti e dias melhores pra todos nós.

quarta-feira, junho 27, 2007 7:28:00 AM  
Blogger Vinícius said...

Conheço isso de uns 2 anos atrás, quando você deu a luz a este poeminha. Ele continua atualizado... Se você tivesse escrito isso em 1970 pouco a situação seria a mesma...

É incrível a mediocridade deste povo brasileiro. Parece que gosta de ser sugado. Toma "pra dentro" a vida toda e não faz nada... Aí é só aparecer uma merda de um PAN(aca) Americano que ele começa a "contestar" e "reivindicar" a torto e a direito. Ninguém reclama dos impostos (e da utilização dos mesmos), mas o juíz que roubou um penalti no fim de semana todo mundo reclama.

De vez em quando eu até concordo com Roger:
"A terra é uma beleza, o que estraga é essa gente"

Uma dica de amigo: continue cutucando a ferida, de preferencia com sal e álcool, pra ver se o povo acorda...

MontanhosoAbraço

quarta-feira, junho 27, 2007 9:24:00 AM  
Blogger diovvani mendonça said...

PARA O VINÍCIUS
Naquela época, Vinícius, eu estava enrascado com essa turma. Hoje, como disse no poema, libertei-me completamente deles. Por útimo - você conhecia sim, mas apenas a primeira estrofe, o restante fiz na terça-feira.

PARA O EDSON MARQUES
Sua idéia é muito boa. Se alguém se habilitar imprimir... Não vejo porque não, "invadirmos" todas as praças possíveis. Alias, elas devem estar com saudades de manifestações do tipo. Acho que as praças, são os melhores espaços, para o divertimento, mas também para manifestações do povo.

quarta-feira, junho 27, 2007 10:14:00 AM  
Blogger mg6es said...

Irmaozinho! Uma salva de palmas para o teu Poema-eco. Esse deve ecoar como grito do povo oprimido pela sanha do poderio econômico-político nacional. Conheço Renan doutros tempos, de qd "humilde" deputado estadual, combativo e ético; e hj deu nisso aí! Um mentiroso de marca fina, capaz de nos achar idiotas a ponto de engolir seus engodos. Triste é saber que em 2008, 2010, ele posará de bom moço nos santinhos dos eleitores guiados, a massa induzida que fabrica políticos podres, farinhas do saco onde vivem Maluf, Quércia, ACM, Clodovil, Collor, e outras merdas!

Deus tenha piedade, e faça proliferar Gabeiras, Simons, e outros bons!

vlw, Dio!

[]´s

quarta-feira, junho 27, 2007 4:39:00 PM  
Blogger clarice ge said...

Teu poema rumina a desgraça de uns e o escárnio de outros. Haverá acerto final? Sei não. É luta desigual onde quem vence é minoria. Mas vale o grito que faz barulho e demonstra esperança. Quem sabe um dia...
beijo Dio

PS: a fotinho "fui" eu um dia... bonitinha né?

quarta-feira, junho 27, 2007 9:01:00 PM  
Blogger Antonio Junior said...

Os bancos lucram demais, realmente. Para mim, que sou economiário, isso não é novidade, é preciso intervenção governamental, mas até agora não tivemos governos ousados para isso. Gostei muito das justaposições tais como: pastor-comparsa e rês-perdida. Obrigado pelos versos da "Pelada". Há braços!


Antônio Alves
No Passeio Público
Postagens às quartas e domingos

quinta-feira, junho 28, 2007 5:48:00 AM  
Blogger Lua Durand said...

Não sei se posso dar graças a Deus por ainda não participar dessa situação descrita no poema.

Mas é certo que me entristece um bocado saber que eles [os banqueiros entre outros, no fim grande parte do mundo] segue o lema:

"a ganância é que move o mundo"

enfim.

Gostei do poema, como sempre.
O moço sabe ser poeta e o é com perfeição.

Obrigada pelo comentário no meu blog, passa lá sempre que der para tomar um café, erá sempre bem vindo.

Gostei do poema: Constatação.

:)

Au Revoir.

quinta-feira, junho 28, 2007 8:36:00 AM  
Blogger Fernando Palma said...

Bem real. real mesmo.

quinta-feira, junho 28, 2007 8:36:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Dio, meu amigo... cara... menino, tô aqui estupefata! Meuirmão, somos tripudiados, pisotedaos, pelo sistema do qual fazemos parte e, por vezes, nos sentimos privilegiados pelos tais cafezinhos e tapinhas nas costas... sustentamos com nosso comportamento de cidadão baixa auto-estima estes que nos sugam o sangue.
Precisamos, Dio, exercitar o brado dos que sentem a dor de serem usados e abusados.
Amigo... precisamos de vozes que tenham voz. "Ouvi" uma voz aqui.
Abraço grandemais!
P.S.: minha indignação é solidária a sua.

quinta-feira, junho 28, 2007 9:32:00 AM  
Blogger Vinícius said...

Se precisar de gente pra panfletar, estarei lá!!!

quinta-feira, junho 28, 2007 9:40:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Amigo Dio,

Como sempre, em SItuaação, insiste para que as mentes sejam antes de tudo abertas, escancaradas e que se deem nomes aos bois, ou que nos calemos para sempre perante ao admirável gado novo que chega aos poucos, e sempre........sentia um pouco de falta do Dio politizado e determinado de anos atrás.

Bjs sempre
Kátia Silva

quinta-feira, junho 28, 2007 9:54:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Que todos em coro gritassem contigo em sintonia, será que seríamos ouvidos, será que eles os canalhas sentiriam vergonha?
Maravilha de manifesto, perfeito.
dias bons, poeta
beijossss

quinta-feira, junho 28, 2007 1:45:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

, um poema social. poeta se vê no momento de gritar. expor sua indignação, suas indignações...
, abraços meus.

quinta-feira, junho 28, 2007 3:45:00 PM  
Blogger . fina flor . said...

Adorei, especialmente a explicação da loucura de Van Gogh, rsrsrrs*

beijos, querido

MM

quinta-feira, junho 28, 2007 4:08:00 PM  
Blogger Edilson Pantoja said...

Alô, Diovvani!
Rapaz, este país...
Desculpa o sumiço - coisa de final de semestre. Viajarei de férias amanhã, vou matutar algo. Um forte abraço para vocês!

quinta-feira, junho 28, 2007 4:32:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

No vento
Meio por fora
Meio lento
Saí do meio do rio
Caí no meio do mar
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Fechei pra balanço
Renovei águas~~~~
As águas que vem de dentro.

Riodaqui/abraço meu/Paulo Vigu
Passa lá.

quinta-feira, junho 28, 2007 6:45:00 PM  
Blogger octavio roggiero neto said...

sabe, Diovvani, são tantas as podridões deste sistema de injustiças em que vivemos, que tento me vigiar mais e sempre. é com pesar que vejo um povo sofrido em um país de abundâncias. sinceramente, desconfio de mim mesmo. qual minha parcela de culpa nisso tudo... sinto constantemente a vital necessidade de me limpar o âmago dos vícios de espírito que em mim se acumulam pelo ramerrão. a Poesia, sem dúvida, desempenha esta função em minha vida.
leio você, assim, opondo resistência ao que nos oprime explícita ou veladamente, e isso me alegra sobremaneira, porque demonstra sua esperança, que é uma das coisas mais valiosas que um homem pode trazer consigo. o professor Quintana outro dia nos ensinou que todos estes que aí estão atravancando o nosso caminho, eles passarão... nós passarinhos!
que bom saber disso, né? confortante!
meu, aquele abraço com braços de elástico!

quinta-feira, junho 28, 2007 9:36:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olha amigo sei bém o que vc está dizendo, ja passei por coisas semelhante, só que atentar contra a própria vida, não foi o que aconteceu, mas em um momento de puro desespero e sem pençar no que estava fazendo, e tão pouco nas consequência que meus atos trariam para os meus, saí em disparada, e sem ver, ao olhar para o nada, me deparei com um ônibus (1126), e quase me acabei. Mas o que quero dizer é que vc foi no fundo da minha alma, e de muitos amigos, que passam por aqui. Dio me sinto estuprado e violentado, no meu ignorante e humilde sentido de justiça, quando veijo entrar em minha casa, por meio da televizão, o sr FERNANDO COLOR DE MELO, E O DESCARADO ROBERTO GÉFERSON, falar de justiça e conduta política, fico cinceramente falando, sufocado, de vontade de gritar, com o espirito dolorido e a alma em chamas, torcendo para que aqui seje o inferno e no outro plano o nosso céu, pois quando morrer não quero ném em sonho velos de novo. Veleu por nos dar a chance de desabafar.

quinta-feira, junho 28, 2007 9:39:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Também acredito nesta justiça que refaça o equilibrio natural. Mas sei que pra isso precisamos mais do que acreditar. Quem sabe tb panfletar? Uma ótima idéia. Especialmente porque o poema traduz a indignação que muitas vezes nem sabemos colocar em palavras. Excelente, garoto!
Beijocas

sexta-feira, junho 29, 2007 4:13:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

língua e pena afiadas, hein, meu velho... o mal e toda a sorte de filhadaputices não nos dão trégua mesmo. é preciso que o bem e seus derivados também munam-se de força, fé, esperança e, sobretudo, inteligência para tirar deles o que eles mais prezam: o dinheiro. compartilho e solidarizo com cada um de nós que é adepto da filosofia da canção que diz "dominar quem domina é que cura qualquer dor"... cum deus, meu camarada.

sexta-feira, junho 29, 2007 7:21:00 AM  
Blogger Ariane said...

olá amigo,
mas que bela indignação!
bem que podia virar canção, "o Hino dos indignados" , e ecoar por todo o nosso "curral" para que possamos acordar dessa hibernação , inércia e conformismo que nós "homens/gado" vivemos...

aplausos!

beijo

sexta-feira, junho 29, 2007 4:05:00 PM  
Blogger Ourivesaria da Palavra Editora said...

KCT, Dio! Muito bom!

Clap clap clap!!
E eu sou cliente do banco Realmente, porque, ao contrário de vc, acreditei e me endividei.
Agora: paaaaaaga, os juros com a tua alma!

BesosBesos paulistanamente garoosos,
Bia

sexta-feira, junho 29, 2007 5:31:00 PM  
Blogger Nilson Barcelli said...

"E o povo continua na vidinha de gado, amordaçado e preso no curral."
Mas você libertou-se com as palavras (diria que deu um coice e partiu a cerca).
Os bancos lucram sempre. Não seria uma boa ideia o povo ter os seus bancos?
Bom final de semana.
Abraço.

sábado, junho 30, 2007 4:52:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Querido,

o que gosto em vc, Diovvani, é sua postura não panfletária, mas lúcida diante de todas estas chagas que andam sendo abertas no nosso país. Você trouxe problemas sérios como corrupção e corporativismo para serem discutidos através do seu olhar, da sua subjetividade e se distanciou daquelas palavras de ordem já puídas e que não causam mais nenhum impacto. Um poema como este, feito para ser relido e incorporado, teve muito mais validade para mim, me conscientizou muito mais, do que passeatas que às vezes perdem seu sentido, seu foco no meio e você aqui não perdeu.
Gostei da lucidez e ao mesmo tempo de toda carga emocional que o poema nos traz.
Beijos e um abraço dos mais fortes,

Jana.

segunda-feira, julho 02, 2007 7:06:00 AM  
Blogger . fina flor . said...

deixo aqui meus beijos com cheiro de maresia........

MM

terça-feira, julho 03, 2007 2:44:00 PM  
Blogger Lua Durand said...

texto novo lá

passa para tomar um café!

Beijo nas Crianças

Au Revoir

terça-feira, julho 03, 2007 5:46:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Dio, meu parceiro de muitas canções. Vc, é foda! Senti até uns arrepios aqui, há muito adormecidos. Lembrei até de um famoso poema do Maiakoviski, que é muito usado pelos partidos de “esqueda”.

“Na primeira noite,
eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
já não se escondem,
pisam nas flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.”


E atendendo a sugestão da Ariane,
vou ver se o transformo, numa nova parceria nossa.

No sábado, estarei tocando lá no Porcao, dê um pulo lá com Vanusa.

Se der, me envie no e-mail
carvalhomusico@click21.com.br
Não consegui copiar do seu blog.
Posso fazer algumas adaptações?
Melhor, vou te lIgar pra gente conversar.

Abraço,
Cláudio Carvalho.

quarta-feira, julho 04, 2007 8:50:00 AM  
Blogger Vinícius said...

Prometi, vou cumprir... Quando eu começo a panfletar, chefe (quanto tempo não digo isso pra alguém que REALMENTE cria um projeto, e não manda você fazer e depois usurpa e diz que é dele)!!! Marca um dia, de preferência este mês (ou um fim de semana), já que entro de férias escolares!! Vamos espalhar a mosca vermelha da dúvida pela cidade (descobri que instrução não leva ninguém a lugar algum, mas o fato de duvidar de algo faz com que tenhamos uma curiosidade em saber da verdade inteira, integra)...

Quando começo?!

quarta-feira, julho 04, 2007 9:25:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

"se indiguinar pouco é bobagem esses humanos no absurdo de achar que são deus porque um povo os colocou no poder"

DIRCE CARVALHO

quinta-feira, julho 05, 2007 5:24:00 AM  
Blogger diovvani mendonça said...

Este comentário foi removido pelo autor.

sexta-feira, julho 06, 2007 10:09:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Diou, dê uma lida aí. Encontrei na internet. Inclusive o cara que escreveu, fez também referência ao Admirável Gado Novo, do Zé Ramalho.

A música, está quase pronta.

Abração, Cláudio Carvalho.

Carta aberta ao senador

Vida de gado. Povo marcado. Povo feliz.

As vacas de Renan dão cria 24 h por dia.

Haja capim e gente besta em Murici e em Alagoas! Uma qualidade eu admiro em você: o conhecimento da alma humana.

Você sabe manipular as pessoas, as ambições, os pecados e as fraquezas. Do menino ingênuo que fui buscar em Murici para ser deputado estadual em 1978, que acreditava na pureza necessária de uma política de oposição dentro da ditadura militar, você, Renan Calheiros, construiu uma trajetória de causar inveja a todos os homens de bem que se acovardam e não aprendem nunca a ousar como os bandidos.

Você é um homem ousado. Compreendeu, num determinado momento, que a vitória não pertence aos homens de bem, desarmados desta fúria do desatino que é vencer a qualquer preço.

E resolveu armar-se. Fosse qual fosse o preço, Renan Calheiros nunca mais seria o filho do Olavo, a digladiar-se com os poderosos Omena, na Usina São Simeão, em desigualdade de forças e de dinheiros. Decidiu que não iria combatê-los de peito aberto, descobriria um atalho, um ou mil artifícios para vence-los, e, quem sabe um dia, derrotaria a todos eles, os emplumados almofadinhas que tinham empregados, cujo serviço exclusivo era abanar , por horas, um leque imenso, sobre a mesa dos usineiros para que os mosquitos de Murici (em Murici até os mosquitos são vorazes) não mordessem a tez rósea de seus donos: Quem sabe um dia, com a alavanca da política, não seria Renan Calheiros, o dono único, coronel de porteira fechada, das terras e do engenho, onde seu pai, humilde, costumava ir buscar o dinheiro da cana, para pagar a educação de seus filhos, e tirava o chapéu para os Omena, poderosos e perigosos.

Renan sonhava ser um big shot, a qualquer preço. Vendeu a alma, como o Fausto de Goethe, e pediu fama e riqueza, em troca. Quando você e o então deputado Geraldo Bulhões, colegas de bancada de Fernando Collor, aproximaram-se dele, aliaram-se, começou a ser parido o novo Renan.

Há quem diga que você é um analfabeto de raro polimento, um intuitivo. Que nunca leu nenhum autor de economia, sociologia ou direito. Os seus colegas de Universidade diziam isto. Longe de ser um demérito, esta sua espessa ignorância literária, faz sobressair, ainda mais, seu talento de vencedor.

Creio que foi a casa pobre, numa rua descalça de Murici, que forneceu a você o combustível do ódio à pobreza e a ser pobre. E Renan Calheiros decidiu que se a sua política não serviria ao povo em nada, a ele próprio serviria, em tudo. Haveria de ser recebido em Palácios, em mansões de milionários, em congressos estrangeiros, como um príncipe, e quando chegasse a esse ponto, todos os seus traumas banhados no rio Mundaú, seria rebatizados em fausto e opulência. Lá terei a mulher que quero, na cama que escolherei. Serei amigo do Rei.

Machado de Assis, por ingênuo, disse na boca de um dos seus personagens: A alma terá, como a terra, uma túnica incorruptível. Mais adiante, porém, diante da inexorabilidade do destino do desonesto, ele advertia: Suje-se gordo! Quer sujar-se? Suje-se gordo!

Renan Calheiros, em 1986, foi eleito deputado federal pela segunda vez. Neste mandato nascia o Renan globalizado, gerente de resultados, ambição à larga, enterrando, pouco a pouco, todos os escrúpulos da consciência. No seu caso nada sobrou do naufrágio das ilusões de moço! Nem a vergonha na cara. O usineiro João Lyra patrocinou esta sua campanha com US 1.000.000. O dinheiro era entregue, em parcelas, ao seu motorista Milton, enquanto você esperava bebericando, no antigo Hotel Luxor, av. Assis Chateaubriand, hoje Tribunal do Trabalho.

E fez uma campanha rica e impressionante, porque entre seus eleitores havia pobres universitários comunistas e usineiros deslumbrados, a segui-los nas estradas poeirentas das Alagoas, extasiados com a sua intrepidez em ganhar a qualquer preço.

O destemor do alpinista, que ou chega ao topo da montanha, e é tudo seu, montanha e glória, ou morre. Ou como o jogador de pôquer, que blefa e não treme, que blefa rindo e cujos olhos indecifráveis intimidam o adversário. E joga tudo. E vence. No blefe.

Você, Renan não tem alma, só apetites, dizem. E quem na política brasileira a tem? Quem neste Planalto, centro das grandes picaretagens nacionais; atende no seu comportamento a razões e objetivos de interesse público? ACM, que na iminência de ser cassado, escorregou pela porta da renúncia e foi reeleito como o grande coronel de uma Bahia paradoxal, que exibe talentos com a mesma sem cerimônia com que cultiva corruptos? José Sarney, que tomou carona com Carlos Lacerda, com Juscelino, e, agora, depois de ter apanhado uma tunda de você, virou seu: pai velho, passando-lhe a alquimia de 50 anos de malandragem?

Quem tem autoridade moral para lhe cobrar coerência de princípios? O presidente Lula, que deu o golpe do operário, no dizer de Brizola, e hoje hospeda no seu Ministério um office boy do próprio Brizola? Que taxou os aposentados, que não o eram, nem no Governo de Collor, e dobrou o Supremo Tribunal Federal?

No velho dizer dos canalhas, todos fazem isto, mentem, roubam, traem. Assim, senador, você é apenas o mais esperto de todos, que, mesmo com fatos gritantes de improbidade, de desvio de conduta, pública e privada, tem a quase unanimidade deste Senado de Quasimodos morais para blinda-lo.

E um moço de aparência simplória, com um nome de pé de serra, Sibá, é o camareiro de seu salvo conduto para a impunidade, e fará de tudo, para que a sua bandeira, absolver Renan no Conselho de Ética, consagre a sua carreira.

Não sei se este Sibá é prefixo de sibarita, mas, como seu advogado in pectore, vida de rico ele terá garantida. Cabra bom de tarefa, olhem o jeito sestroso com que ele defende o chefe. É mais realista que o Rei. E do outro lado, o xerife da ditadura militar, que, desde logo, previne: quero absolver Renan. Que Corregedor! Que Senado!

Vou reproduzir aqui o que você declarou possuir de bens em 2002 ao TRE. Confira, tem a sua assinatura:

1) Casa em Brasília, Lago Sul, R$ 800 mil; 2) Apartamento no edifício Tartana, Ponta Verde, R$ 700 mil; 3) Apartamento no Flat Alvorada, DF, de R$ 100 mil; 4) Casa na Barra de S Miguel de R$ 350 mil E SÓ. Você não declarou nenhuma fazenda nem uma cabeça de gado!! Sem levar em conta que seu apartamento no Edifício Tartana vale, na realidade, mais de R$ 1 milhão e sua casa na Barra de São Miguel, comprada de um comerciante farmacêutico, vale R$ 3.000.000.

Só aí, Renan, você DECLARA POSSUIR UM PATRIMONIO DE CERCA DE R$ 5.000.000. Se você, em 24 anos de mandato, ganhou BRUTOS, R$ 2 milhões, como comprou o resto? E as fazendas, e as rádios, tudo em nome de laranja? Que herança moral você deixa para seus descendentes. Você vai entrar na história de Alagoas como um político desonesto, sem escrúpulos e que trai até a família. Tem certeza de que vale a pena?

Uma vez, há poucos anos, perguntei a você como estava o maior latifundiário de Murici. E você respondeu: Não tenho uma tarefa de terra. A vocação de agricultor da família é o Olavinho. É verdade, especialmente no verde das mesas de pôquer!

O Brasil inteiro, em sua maioria, pede a sua cassação. Dificilmente você será condenado. Em Brasília, são quase todos cúmplices. Mas olhe no rosto das pessoas na rua, leia direito o que elas pensam, sinta o desprezo que os alagoanos de bem sentem por você e seu comportamento desonesto e mentiroso. Hoje, perguntado, o povo fecharia o Congresso. Por causa de gente como você!

Autor: Mendonça Neto - JORNAL EXTRA

sexta-feira, julho 06, 2007 10:18:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Caro DiDio:

Depois do poema passei a acreditar na reincarnação. Você é o Gregório de Matos, século XVII, chamado de "boca do inferno", terror da corte Portuguesa, onde começaram nossas Mazelas. Sobre o povo brasileiro ele dizia: "Um branco todo coitado, um negro muito ousado, um mulato muito assanhado, sem pena ou contradição, coisas do Brasil, são...".

Quero panfletar seu poema mas sugiro um nº 2 tipo - Acorda e Seja Honesto Povo!

Ubaldo Guimarães já havia denunciado: "O povo também é safado e desonesto!"

Em Outra fala em Serra Vermelha, Jorge Amado ataca: (...) como os soldados podem perseguir o povo, eles que vieram do próprio povo.

Abraço do seu amigo,
Carlos Fungh.

sexta-feira, julho 06, 2007 10:34:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

é isso mesmo, amigo não podemos passar em branco aos bancos mancos
e nunca francos!

terça-feira, julho 17, 2007 1:40:00 PM  

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