poeminhas p/matar o tempo e distrair dor de dente.: outubro 2007

quarta-feira, outubro 24, 2007

Postagem ao som da música Aquarela – Toquinho [OuçAquiÓ] - vale ver/ouvir, mesmo que venha nos coçar os olhos/orelhas qualquer possível pena.
PÁGINAS ORELHADAS PELO TÁRTARO-BISNETO - DUM

Antes eu tinha de todos a mesma mania,
rabiscar as linhas dos livros que lia.
Agora, apanhei outro tic - faço nas folhas
minúsculas e triangulares orelhas – [tac]

só - para depois voltar às páginas
e reler as linhas que mais gosto.
Nelas com, à Tensão - mais minutos, gasto.
As acaricio no olhar... como; se ainda fossem, virginais.

Meus livros ficam pela casa espalhados...
Usam "piercing" com as folhas inVezadas.
São as marcas de minhas nascenças, nas letras.

É meu ser, nu-desejo de cochichar "in" orelhadas-folhas
e viajar no tempo para que me ouçam: raízes, troncos, frutos, galhos
quando ainda ofereciam sombra e eram: árvores-de-verdes-telhas.
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Tem um poemeu na décima quarta leva da excelente revista eletrônica Diversos Afins – de Fabrício Brandão e Neuzamaria Kerner – conheça aqui
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O projeto PÃO & POESIA, segue a todo vapor.
As inscrições enceram-se no dia 30/11/07.
Agradeço a todos os amigos que estão empenhados na divulgação. Fazer a massa do projeto está sendo um grande prazer, mas dá um trabalho danado e por este motivo não tenho tido tempo para visitar os blogs. Vamos ver se hoje, consigo realizar algumas visitas e matar um pouco da saudade de ler os poetas-amigos.
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No dia 17, a convite do SENAC, estive num bate-papo com os alunos do I.E.M.G – gostei muitíssimo e acho que eles também. Uma das alunas, a Mariana, desinibiu-se e recitou 2 de seus poemas (inclusive os inscreveu no PÃO & POESIA) clique aqui para conhecer o fotolog dela.
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No dia 25 o “Poeminhas...” completa o 2º aniversário.
No dia 12, foi o meu – de N.Sra.Aparecida e também a festa das crianças. Aproveito para dedicar esta postagem a João Vitor e Artur Silva, Willian e Lavínia, Laura e Gabriela, Filipe Souza, Guilherme, Adler e Enzo Rocha, Júlia, Pedro, Fernanda e João Paulo Mendonça – que são crianças do meu convívio quase diário. Também para as netinhas da Clarice G, que não conheço pessoalmente e a ela agradeço pela colaboração no http://www.arvoredospoemas.blogspot.com/. A Clarice, não estará mais colaborando no blog, e indicou duas Valérias (Valéria C e Lela) para substituí-la. Então... VALeu, Cla!!! Falando em árvore, Everton Rodrigo, é o homenageado de Octávio Roggiero na nova postagem do blog Árvore dos Poemas - vale conferir aqui.
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Como está tudo em festa aqui, aproveito para dedicar o poema acima também para o amigo Gildázio do blog http://areteeducar.blogspot.com/ que fará TRINTINHA, no dia 03 de novembro - estarei com ele a comemorar.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Postagem ao som da música Queremos Saber – com Cássia Eller – [OuçAquiÓ] - Presente que ganhei da amiga Valéria C - VALeu!!!
SOBRE A RAIVA
(Para um conhecido José e uma amiga do CÉU)

Raivas,
que levamos embutidas
misturadas nas águas de nossas vidas...
É como um rio Arrudas
de rejeitos-detritos, restos da cidade,
aís, mágoas e crianças às margens abandonadas.
Raivas,
alimentam feridas
e estercam em nós,
rasteiras-daninhas-ervas
de todos os males.

Raiva,
em minha bagagem
não cabe. Comigo,
não segue viagem...
Já fiz-rezei e refiz
as contas de tal terço.
Com ou sem alça -
raiva: é mala, que não dou conta
de carregar no meu lombo.

Se preciso for, eu bato na mesa.
Eu envermelho a cara e até grito,
mas descarrego-a, no ato e ali,
na bucha – a mando pro norte ou pro sul.
Destravo logo, não cimento-dentro sentimento ruim.
Do contrário, na primeira esquina machuco e tombo.
É assim, eu posso babar, mas sempre na raiva, ponho;
no mesmo instante - o fim.

Dona raiva? Se deita com outros, mas comigo?
De jeito nenhum!
Ela não será nunca companheira na minha; cama.
Eu durmo é sem comprimido.
Meu sono é prosaico e se inicia, encapsulado de amor.
Depois: sonho, converso, delíro, colho poesia
e amor “di-novo!!!”; claro, bisado:-) – pra ter bom dia
e seguir doando, sonoro “BOM-DIA!” até pras minhas
humildes e silenciosas-trabalhadoras, amigas formiguinhas.

Se por um lapso
raiva sinto, escapo:
desafouxo e solto,
com segurança
o meu cinto.
Deponho minhas armas,
peço perdão.
E com minha velha alma
Portadora de passe livre,
entre mundos
sem pagar passagem -
no tempo eu voo (em novo português)
atirando pro alto o chapéu
em homenagem
a um conhecido José
e uma amiga de praia,
numa estrada colonial para o céu.

(Neste último ponto,
minha memória não falha.)

Digo isso porque
eu tenho num OlhO
um leitor;
de código de almas.

Raiva, que conheço
é doença canina
e contagiosa.
Acho que não é sentimento
para se guardar
nem mesmo entre os piores;
que dirá, adentro
dos melhores amigos.

Do simples confessamento
de raiva – penso
que faz ervecer no meu próximo
mais rasteiras-daninhas e
aborta-poda, de vez a chance
do floresSER nele;
sentimentos, +nobres.

Raiva?
Não cometo essa loucura!
Só comento esse sentir, já deixando IR... a mais de cem
e concluo:
raiva, é condimento comum
cultivado entre os homens
na terra – eu sei...
Mas convenhamos,
não fica bem
entre certos
sabidos seres do CÉU
E do MAr.
...

+ UNS APITOS DE UNS TRENZINHOS BONS:

01) No dia 12, comemorei meu aniversário na companhia de muitos amigos. A visitação da galera se estendeu até no domingo. O poeta Lecy Pereisa Sousa, também marcou presença, nos brindando com belas interpretações de poemas diversos – foi dos melhores dias, que tive sob a sombra da Árvore dos Poemas. Quero aqui, agradecer a todos. Especialmente a Xica e a Ceiça, duas grandes crianças, que já passaram dos 70 e que, levaram até aqueles carros com uma “somzeira” danada, para me homenagear – valeu, suas sapecas!!! Presentes? Sim, ganhei muitos, mas sem dúvida, o melhor de tudo, foi e é, e será, sempre: sentir a presença de sinceros-amigos.

02) E até que enfim, um presentão pro Brasil – Renan, afastou-se do congresso. Eh... safadeza, fôlego, e pirraça o cara tem – reconheçamos. Milagre deve existir... Lembram quando o Roriz, choramingou lá no congresso e disse que rezaria pra N.Sra.Aparecida? Outro dia, também vi numa capa de jornal, o Renan tipo... com cara de bezerro desmamado, se fazendo de beato e contracenado com a imagem de uma santa. Pois é, no dia 12, dia de N.Sra.Aparecida o milagre enfim acontece – Renan fora da cena do senado – atitude, aliás, que ele, já deveria ter tomado - caso ele tivesse um só “pinguin”, de vergonha na cara. Aqui o link de um poema que fiz, realizando uma catarse para não adoecer – pô, pelo menos estamos na democracia, temos que vivê-la plenamente expressando livremente nossos pensamentos – é isso, vamos falar o que der na nossa telha, se não ela racha, né-não? Em alguns lugares (rádios, tv´s, revistas e jornais), de gente poderosa que se diz democrática a gente “nu-pó-fala...”, mas aqui? Vixe Maria!!! Nóis “fala” e escreve mesmo. E alguns desses veículos, que dizem aos quatro ventos, que são amantes, dessa jovem democracia brasileira - mas que na verdade, são comandados por “forças ocultas”, que querem manter o “status quo”, o pão e circo – que eles aguardem... só mais um “tiquin”... o caminho é sem volta... acho que apenas 23% dos brasileiros, possuem acesso à internet... quando isso dobrar e chegar ali, perto dos 50% (Uai! Não é que raspei uma boa idéia? – rsrs) Já pensaram? Quando começar a pipocar rádios, tv´s, jornais e revistas pra tudo que é canto nas terras virtuais? Hum... (Bem, como já acontece, né?) Esses gagás filhotes da ditadura, Esses velhos professores, que gozaram o Che Guevara (como ouvi, outro dia, numa rádio de grande audiência aqui das gerais) e um deles ainda disse em claro e bom som “temos é que defender o nosso”.
A eles eu digo: a revolução, meus camaradas, não se dará mais, pegando em armas (nesses tempos que correm, isso é coisa pra bandido pé-de-chinelo – que vocês gostam de explorar e ainda se gabam de praticar o um bom jornalismo – é assim, oferecem más notícias, para logo depois se retroalimentarem delas) fiquem tranqüilos, ela já está sendo tramada e na medida do possível ao mesmo tempo sendo executada no invisível e nessa órbita meus caros... o dinheiro e as “armas” em poder de vocês, não valem “nadica” de nada. Como já foi dito, numa canção “quem viver, verá” – o vira, virá e já vem, no galope das coisas invisíveis, como O Vento. Sementes estão sendo lançadas.

03) A convite do SENAC, dia 17 – quarta-feira próxima às 19:00Hs, estarei num bate-papo sobre poesia com os alunos do 2º grau do Instituto de Educação. Posso levar 20 convidados – caso algum leitor do “Poeminhas...” queira estar presente basta enviar-me e-mail no diovvani@yahoo.com.br

04) Desculpem-me, sobre algum erro acima – a postagem deve estar um pouco confusa (também, sou confuso mesmo - rsrs) – é que meu tempo aqui, está a conta-gotas – ou seja: sendo aproveitado ao máximo em meio a uma porção de projetos. O poeminha acima, foi iNsPiRaDo, num programa de rádio que gosto muito de ouvir (foi no sábado, último) - um ouvinte enviou um e-mail e de tanta raiva (sei lá...) que nutria pelo apresentador disse "gostaria que um cometa caísse na sua cabeça" e o apresentador respondeu na bucha "e eu gostaria, que um cometa não caísse na sua cabeça, pra você continuar nos ouvindo). Dedido o poema para esse anônimo ouvinte, que nem sei quem é.

sexta-feira, outubro 05, 2007

Postagem ao som da música No Suprises – Radiohead [OuçAquiÓ]
ENGRAÇADO
O amor?

É como pássaro
pausado do vôo "in" azuis

com os pés em fios,
que embalam volts.

(In)consciência do perigo.

O amor?

Nem acho,
ativo.

Mas feminino-macho,
paZcifico.

O~c~e~â~n~i~c~o.
...
Pra moça cheia de Graça – Carpes – conheça aqui ó.
Foto Ricardo Calha.