poeminhas p/matar o tempo e distrair dor de dente.: outubro 2005

segunda-feira, outubro 31, 2005

francis picabia

postada, ao som de froydiana, com marco antônio araújo.
_maya poética_
às vezes, a poesia
tem que quebrar:
o osso da perna
do dna, da rima.

abrir a garganta
da [fanta] e fazer
com que a gente [ria]
espantAlho gázgalhada.

enquanto velhos gatos
passeiam no livro retro-espelho
cibernéticos mansos ratos
roem a rótula queijo do joelho

[de gigantes solitários, adormecidos na casa vazia]

apenas roem, roem, moem
roem, moem, roem
roe,
ro,
r,
.
rrrr-rai-vo-sa-mentemrrrrrrrr.

"é bom começar um poema,
enquanto enche -se o tanque, num posto de gasolina.
depois... bater no arranque, não saber onde chegar, parar.
não saber se o combustivel vai dar.
quantos km's silábicos faltam,
para desLocalizar o fim."
para mírian e paulo + os irmãos: lucas e vinícius.

domingo, outubro 30, 2005




_tsunami_
(quinta feira, 30 de dezembro 2004)
o n d a
de sonho,
[pesadelo],
quebrou
e s p e l h o.
lambeu
as
praias,
da
realidade.
para bush, que parece não ter noção, da força da natureza.
se bem que o furacão catarina e outros, estão tentando
fazê-lo entender. será que ele entende ou vai declarar guerra aos céus?
quero nem ver.

sábado, outubro 29, 2005


jogada como pedra, ao som "maluco beleza", dos mutantes.
_a quem possa interessar_

doido?
é
como:
[poeta, criança].
não fala,
nem conta
- mentira -
apenas,
in(re)inventa
realidade
que
acredita.
para todo mundo, que anda dizendo que eu estou doido.
nem doído nem doido, apenas alegre demais da conta.
acho que encontrei, o prumo da libra, de minha balança.

sexta-feira, outubro 28, 2005

arremessada ao som da música instrumental: "lembranças" de marco antônio araújo à melhor jornalista-entrevistadora da televisão brasileira.
_minha musa na clave de sol_
inspiração
derrama nos meus olhos
um cacho de estrelas
um facho de lua
um riacho de trovas
frases de um poema
tupi-guarani
canto indígena
canto de araponga
bem–te-vi na beira do rio
acenando pra mim
desenhando n’água
colcheias semibreves
da canção que ainda vou compor.

inspiração
permita-me ver
a melodia que guardas em segredo
na partitura do teu corpo
quero saber o que diz
a letra do canto do sabiá
e assim
na mágica do instante
te engravidar
e depois de nove luas
te deitar nua
no colo do violão
fazer o teu parto
deixar no ar um acorde
para ser o berço
de nossa filha
nossa música.
dedicada especialmente a jornalista leila ferreira, que felizmente retornou ao ninho de origem do leila entrevista. obs: filho pródigo, retorna a casa do pai e filha pródiga, volta a casa da mãe: rede minas.

quinta-feira, outubro 27, 2005

ao som de vandder lima - folhas de outono.
_constatação_
guarda-chuva,
não guarda chuvas.

[para quedas]


postagem ao som de "mad about" com sting.

_ nada pertence, tudo é convivio_

nesta noite sou vaga-lume.
me
alimento
da energia dos astros,
que
espalham,
mistério e luminescência no breu.
união, interatividade, fusão.
[c o m u n h ã o]

"entre pedras ouço ruminar de civilizações"

na forquilha do tempo entre o divino e o profano,
[sou pedra] no bodoque
sem calibre
na mão do anjo enoque:
que estica no ar, a câmara sem ar, de um velho pneu.
sem dó me atira, no olho da escuridão.
me ensinando a mágica,
de inverter a lógica
do tudo que eu julgava ser meu.
para os amigos vandder lima e andrea karla.

quarta-feira, outubro 26, 2005

palavras arremessadas, ao som de "para nao dizer que não falei das flores", com geraldo vandré.
_vivazpátria – garrincha manda lembranças, em forma de globo. digo: gols_
desculpem, se exagerei na dose, é que estou, com verdadeira overdose de emoção causada pelo impacto,
desta vitória legitima do povo brasileiro."tardou mas não falhou: tiros do povo brasileiro no alvo do
sr.plin, plin.domingo, 23 de outubro 2005-dia glorioso do resultado do plebiscito do desarmamento.

RÁ,
TÁ, TÁ, TÁ, TÁ,
TÁ, TÁ,TÁ, TÁ,
TÁ,TÁ, TÁ,
TÁ, TÁ,
.
[s i m]?
{PLIN(*)PLIN}
[n ã o]?

inacreditável gavião...
i n a c r e d i t a v e l !
é gol, é GOoooooL, é golAaaaaaço do povo!
chutaram a globo?
é manchete no globo?
arrebentaram a rede?

- isso,
só pode ser coisa,
daquele miolo mole,
sem juízo, coração imenso.
é garrincha das pernas tortas,
aprontando lá de cima.

foi fácil para ele,
só teve que passar por alguns capetões,
que "foram e estão" enjaulados no inferno.
para que a nação brasil,
não cometesse mais um engano.

sem cansaço, sorrindo, o menino-criança-esperança,
cruzou pacientemente
durante o histórico dia
vinte e três de outubro de dois mil e cinco;
milhões de bolas abençoadas por deus.
para que cada cidadão marcasse seu gol.

enfim uma vitória, depois de tantas derrotas,
e aguardem...
porque isto, é só o começo do fim,
da queda dos impérios.
é chegado o tempo, do acerto das contas em débito.
nada na face da terra, ficará em desarmonia com o todo.
furações e terremotos como este,
serão de agora em diante,
notícias em todo lugar do globo.

é o mágico garrincha,
enviando lembranças em grande estilo.
dizendo que esta data é histórica !
é o início da comunicação direta
entre terra-céu.
desta vez não conseguiram,
com o poder que possuem,
que lhes foi concedido,
a mais de quarenta anos atrás,
[dias duros, difíceis,]
influenciar os desavisados.

{PLIN(*)PLIN}
[vivazapátria] – S I M
[a que estão querendo parir] - N Ã O
_***_
_arma do jogo nas patas de matilhas de lobos_
"rimas podres, para televisão podre, de modernos alquimistas, que extraem,
da miséria, da maioria do povo brasileiro, o ar-alimento para sobreviverem no que julgam ser nobre".
domingo, 23 de outubro 2005.

a mais criminosa arma de fogo,
não está nem de longe, nas mãos do povo.
está sim, na "luminosidade" enganosa da rede globo,
que há mais de 40 anos, dita no brasil, as regras do jogo.
_***_
_manchete para o globo terrestre_
"abatida a balada melosa da vênus platinada"
domingo, 23 de outubro 2005.

n ã o
foi
abatida
a
[P A Z]
mas
a balada
melosa
do
s i m melodramatico,
dos performáticos homunculos,
criados
no curral
da vênus
platinada.
trilogia de poeminhas baratos, dedicada a vitória do NÃO do povo
aos engravatados e endinheirados da rede globo.

_***_

terça-feira, outubro 25, 2005

arremessada, ao som de Stay (faraway, so close!) (Live acoustic version)-U2
_indomáveis_
palavras
parecem domadas,
na imensidão
da fazenda dos dicionários.
mas quando soltas,
nos campos
dos neorônios alados
do pensamento,
são cavalos selvagens,
galopando linhas
e l e t r o c a r d i o g r a m a d a s
de
h o r i z o n t e s
desconhecidos.
para o indomavel amigo: ronilson marcos de souza

violão solitário, a espera de um tocador, na casinha caipira do "ninho das pedras".

foto: ronilson souza
_vem de lá_
através do quadrado da janela,
da casinha de barro, plantada
no "ninho das pedras",
pasto:
a poesia
que
rumino
no
asfalto.
Posted by Picasa
para os queridos amigos e visitantes, da nossa casinha de barro e sapé, no recanto da serra.

_olhar da alma_
não é que meus olhos
estejam belos.
é que neste instante,
[neles]
está refletida,
a imensidão
da beleza,
de tua alma,
: que me olha :
para o amigo "federal" omar alves do amaral e sua doce simone.
_vou deixar meus lamentos, agonizando e babando de doidos, num acorde dm7/9_
quero
um tombo diferente!
cansado estou,
de tropeçar
nas mesmas pedras.
quero
ao menos
o e s p a n t o

de sentir dor,
n’outro canto.
quero
encaixar
meu
[ai, ai, ai, sô!]
num a c o r d e
de sol maior.
para o companheiro sumido: fabiano rosa campos.
postada ao som da música: area 51 - vandder lima
_assim nasceu o instante, do absurdo de um corte perfeito_
o
fio
da
[navalha]
cortou
no
{meio exato}
o invisível
<_fio_>
da
{teia}.

a aranha
que
nunca
havia emitido som:
[p i o u]
c
a
i
u,
e sua dor pariu
o
[ i n s t a n t e].
que só pode ser registrado
no relógio [eterno-eletro-atômico] no braço
de deus.
arremessada, ao som da lembraça, do canto de um curió.
_ex-criador de "passarin"_
"insano e arrependido carcereiro de liberdade"
como
pude um dia,
achar
normal
manter cativo,
aprisionar,
pares
de asas,
seres
alados,
expressão máxima de
l i b e r d a d e
em
[G A I O L A S]
para mim mesmo, meu irmão jonas e ronilson - meus sócios, numa frustrada criação de curió.
_alfinete_
na
ponta
de
todo
alfinete,
equilibra-se
o
ai,
de
uma
dor
futura.
para o amigo, violeiro e ex-estudante de violino, como eu, o sumido: joão bosco, sua morena norma e o fruto pedro.

_tirano de mim_
quando trituro
v a z i o s,
sou criança
perdida,
num labirinto
de possíveis
caminhos.

meus olhos
vencidos,
abrem janelas,
de mim ...
n a s c e m
r i o s.
para minha irmã dircilene.



_passos mágicos_
olha-me,
antes
que
a paisagem
fique
turva.

antes,
que
meus passos
é b r i o s,
apaguem a curva.
para meu amigo barral, do recanto da serra - companheiro, de um bom dedo de prosa e uma gelada.